quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Crime de Irresponsabilidade Fiscal



"Na semana passada, depois de uma sequência de percalços na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, o projeto enfim acolhido deixou de ser votado em plenário por falta de quórum. Deputados e senadores, notadamente do PMDB, se ausentaram para ver, primeiro, se e como o novo Ministério atendeu aos seus desejos. Com isso, a presidente entrou em pânico. Afinal, se não vingar o golpe contábil que exclui do cálculo do superávit os dispêndios com o PAC e o valor das desonerações tributárias autorizadas pelo Planalto, ela terá incorrido em crime de responsabilidade. Eis a origem do despudorado decreto da sexta-feira. Em vez de buscar uma negociação com os seus aliados no Legislativo, Dilma optou pela chantagem nua e crua." {Fonte: O Estado de São Paulo - Editorial - Chantagem por Decreto}

Os desmandos e da desordem institucional continuam sendo a marca registrada de Dilma Rousseff neste segundo mandato, que, ainda, nem sequer, começou. A escolha da equipe econômica foi mais uma imposição do mercado do que uma escolha da "presidanta". Além do desequilíbrio da balança de pagamento, o déficit público está na estratosfera, e o país corre o risco de perder seu "grau de investimento", espécie de chancela das grandes consultorias financeiras internacionais, que sinalizam o risco de um "calote" semelhante aos que a Argentina vem praticando durante os anos de mandato da família Kirchner.

O caso do Petroleoduto (ou PetroDanta, se preferirem) segue preparando suas vítimas para o desfecho fatal. Ontem, durante a acareação de Paulo Roberto Costa e Nestor Cuñat Cerveró, o delator reafirmou suas confissões feitas à Polícia Federal, e ainda afirmou que dezenas de parlamentares estariam envolvidos no escândalo bilionário da Petrobras. Como se não bastasse, ainda afirmou, com todas as letras, que o que ele falou na delação "são fatos que acontecem não somente na Petrobrás, mas no Brasil inteiro, nas rodovias, portos, ferrovias, aeroportos". Ou seja, o crime é muito maior do que parece!

Ontem, durante a sessão do Congresso, Renan Calheiros, diante dos protestos que vinham do público presente, decidiu chamar a polícia legislativa, em mais um ato ditatorial, para retirar aos que manifestavam sua democrática oposição ao Crime de Responsabilidade Fiscal que Dilma impõe ao Congresso. Essa polícia, completamente despreparada, agiu com inusitada violência, dando uma "chave de braço" em uma senhora de 79 anos, e aplicando um choque elétrico em um rapaz franzino, que estavam entre os manifestantes. Mesmo com a subida de vários políticos oposicionistas para junto do povo, Renan expulsou todos! Diante da violência explícita, e da revolta dos oposicionistas, Renan, finalmente, encerrou a sessão. Essa atitude autocrática e prepotente é típica dos petralhas e de seus asseclas.

Caso mais essa irresponsabilidade seja aprovada (e provavelmente será), fica mais do que comprovado que Dilma Rousseff, orientada pelo seu "coach" João Santana, pelo seu "Criador" Luís Inácio Lula da Silva e pela corja que a acompanhou durante a campanha eleitoral, mentiu nos programas de televisão e nos discursos ao povo pobre e ignorante que a elegeu. Mentiu para tirar
 ("desconstruir") Marina Silva da disputa, e mentiu para derrubar Aécio Neves. Embora tenha vencido as eleições, foi uma verdadeira "Vitória de Pirro"¹! Sua herança é o resultado de quatro anos de "desconstrução" de uma Nação! Ela, certamente, pagará caro por isso!

O que nos causa estranheza é o fato de Joaquim Levi e Nelson Barbosa terem aceitado o enorme risco de tentar fazer uma reforma na baderna dos ministérios da área econômica de Dilma, mesmo diante da certeza de que ela não facilitará as coisas, colocando armadilhas no caminho à menor distração dos seus ministros. Pior ainda: os demais ministérios, na conta de quarenta, certamente não serão escolhidos por critérios técnicos, haja vista a nomeação quase assegurada da ruralista latifundiária, Kátia Abreu, a "Rainha da Motosserra", para o poderoso Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Outros canalhas, de igual "estirpe", virão...

Os instrumentos econômicos não serão suficientes para conter a "discípula" de Lula, e ela estará, brevemente, negociando, à sua maneira do "toma-lá-dá-cá", os ministérios, as secretarias, as presidências das empresas estatais, as fundações e as agências reguladoras, mantendo o caos político, agravado, certamente, pela sua total incapacidade de negociação política com sua própria base de sustentação. E seu discurso de vitória, em que afirmava sua "determinação para o diálogo", ficou na estante do esquecimento. Não haverá diálogo; apenas embates, cada vez mais vigorosos e ameaçadores, à Democracia e à situação econômica da Nação Brasileira.

Esse Crime de Irresponsabilidade Fiscal não é o primeiro ataque aos Fundamentos da Economia, tão duramente conquistados, depois de uma década de desmandos e planos mirabolantes, que levaram o país à maior inflação do Planeta, na casa de 1.000% ao ano, e dos 83% do último mês de Fernando Collor de Mello (aquele da Casa da Dinda) no poder. Collor, amigo de Lula, que é amigo de Sarney, que é amigo de Renan, foi defenestrado pelo "Impeachment" impetrado pelo Congresso, não porque este fosse isento de corrupção, mas movido pelas manifestações de rua, dos cara-pintadas!

Se não houver uma reorganização do povo contra a ditadura petista, estaremos à beira da falência, não apenas da Economia, mas também, e principalmente, das nossas Instituições Democráticas, profundamente maculadas pelas últimas eleições e pelas nomeações ao Supremo Tribunal Federal, hoje, infestado de petistas. Nesta semana, um novo elemento petista (Vital do Rêgo) assume sua cadeira no TCU, Tribunal de Contas da União, espécie de "Conselho Fiscal" responsável por 
investigar, analisar e julgar as contas públicas dos órgãos federais. Provavelmente, essa nomeação será para "ajudar" o (des) governo petista a encobrir o comprometimento de Lula e Dilma nos escândalos financeiros de nossa maior empresa, e ex-motivo de orgulho de todos nós, brasileiros.

E assim, vemos, dia após dia, o PT se "empoderar" das principais instituições reguladoras da República, instrumentalizando esses organismos com sua claque de malandros e bandidos, os mesmos que estão por detrás dos escândalos da Petrobras, das Empreiteiras, das Hidrelétricas, das Mineradoras, na construção de estradas, portos e aeroportos, como afirmou, categoricamente, o delator do Petroleoduto! Já nem sabemos mais onde estaria o fundo desse poço de lama, que não se restringe às molecagens de Dilma e Lula, mas se estende às comissões do Congresso Nacional, às ONG´s apadrinhadas pelo poder político petista, aos "amigos do alheio" e do PT, aos dirigentes partidários de todas as matizes "ideológicas", aos sindicatos petistas, que trouxeram nova versão à palavra PELEGO, que se tornou regra geral nesse país dos absurdos.


Quem se arriscaria a prever o triste fim de nossa Democracia?
 
¹ Vitória de Pirro é uma expressão utilizada para expressar uma vitória obtida a alto preço, potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis. A expressão recebeu o nome do rei Pirro do Épiro, cujo exército havia sofrido perdas irreparáveis após derrotar os romanos na Batalha de Heracleia, em 280 a.C., e na Batalha de Ásculo, em 279 a.C., durante a Guerra Pírrica.
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ÚLTIMA HORA:

"O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, considera que existem indícios que os crimes de corrupção e propinas 'transcenderam a Petrobrás'. O juiz demonstra perplexidade com a planilha com dados sobre cerca de 750 obras públicas, 'nos mais diversos setores de infraestrutura', que foi apreendida com Alberto Youssef”. Fonte: "O Estado de São Paulo"

Confirmando as afirmações de Paulo Roberto Costa, durante acareação com Nestor Cuñat Cerveró, percebe-se que o escândalo das obras públicas deve contaminar TODAS AS OBRAS DO PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, projeto paranoico de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, para o qual todas as regras de licitação pública foram "relaxadas", em nome de um CRESCIMENTO ECONÔMICO que não aconteceu. À semelhança das obras da Copa do Mundo, outro fracasso não admitido pela "presidanta", as obras do PAC (agora PAC2) não surtiram nenhum efeito, seja na Economia, seja nas políticas públicas de um modo geral.

Mas, certamente, as EMPREITEIRAS e os partidos políticos "aliados" se aproveitaram dessa "brecha legal" e colocaram as mãos no dinheiro público, descaradamente! E o escândalo da Petrobras (o Petroleoduto, ou PetroDanta), que já era bilionário, torna-se, agora, o maior escândalo da História, e Lula diria, em seus discursos peculiares e dignos de SUCUPIRA: "Nunca antes, na História desse País, houve escândalos iguais aos do Partido dos Trabalhadores"!

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Ética e Indiferença - Ser ou não ser?

O PETISMO TEM CURA?

Culto à personalidade: tradição nos regimes socialistas (na foto, Maduro e Dilma exibem seu ídolo morto, Hugo Chávez)
Depois dessa última eleição, e dos inacreditáveis resultados da campanha de calúnia, difamação e mentiras dos petistas, passei a confabular comigo mesmo, como qualquer ser humano "normal" faria, diante de tamanha ignomínia. O que levaria pessoas, aparentemente normais, a uma idolatria tão severa, afinal?

Como eu também já fui petista, e oPTei pelo partido que prometia a Ética, a Justiça e a busca pela Igualdade Social, primeiramente observei, em meu comportamento, o que me levou a escapar da tirania ideológica do petismo. Finalmente, cheguei às seguintes conclusões:

Como qualquer enfermidade infecto-contagiosa, o petismo, em sua origem, e enquanto ainda não atingiu seu ápice de devastação moral, tem grandes possibilidades de cura. Essa doença ataca, preferencialmente, dois órgãos vitais: o coração, onde, ao se instalar, causa a perda irremediável da lucidez intelectual, tornando seu portador abestalhado e convicto de que esse partido pode substituir todas as religiões de fanáticos fundamentalistas; e o cérebro, neutralizando a capacidade intelectual de discernir entre o "certo" e o "errado", causando uma confusão mental irreversível, que o acompanhará até o fim de seus dias.

Como identificar os estágios da doença?

A primeira fase, conhecida por aliciamento, dura alguns anos, e não apresenta significativos desvios de conduta ou outra reação qualquer de sectarismo político e social. Nesta fase, o indivíduo contagiado começa a compreender a doutrina do partido e, mesmo se surpreendendo com a incoerência entre a teoria e a prática, ainda imagina que o erro está em si mesmo, e não nas poderosas hostes do partido. A tendência natural é permanecer contaminado, rejeitando os argumentos lógicos de seu próprio cérebro, que trazem a suspeita de que foi ludibriado. Porém, como ainda espera ver seu partido evoluir, permanece fiel.

A segunda fase, conhecida por exaltação, é o momento crucial, em que os sentidos racionais cedem lugar ao petismo radical, principal sintoma de seus portadores. Nesta fase, o indivíduo contagiado deixa de reagir aos sinais de sua inteligência e se comporta como um autômato, respondendo mecanicamente às palavras de ordem da Grande Fraternidade Vermelha do Capitalismo Petista. Absorve todas argumentações que deverá usar em defesa de sua nova religião, chegando mesmo a oferecer sua vida em defesa do partido. São raros os casos de reversão da doença, mesmo sob tratamento psicológico profundo.

A terceira fase, conhecida por metástase, é a etapa aguda da enfermidade, trazendo alucinações e comportamento incompreensível diante de fatos (sintomas) que são evidentes para todos, menos para os portadores da doença. É também a fase da militância cega, quando quaisquer comportamentos podem ser justificados pelo objetivo final do petismo, que é o de perpetuar-se no poder, rejeitando qualquer oposição à sua lógica deformada. Suas atitudes escandalizam àqueles que têm Princípios e Valores Sociais, Éticos e Morais.

A quarta fase da doença é a terminal: os métodos de cura tradicionais já não fazem efeito para o organismo contaminado, e ele atribui todas as ideias contrárias ao petismo, à ignorância de seus inimigos capitalistas, mesmo que eles não sejam, de fato, inimigos. Nesta fase, diante da inevitabilidade do fim, o petista recorre a símbolos, frases de efeito, slogans e ideologias esdrúxulas que possam justificar sua paranoia irresponsável. Esta é a fase do lulopetismo bolivariano: é irreversível e perigosa, pois seus adeptos infectados se permitem atribuir, a si mesmos, a sensação de um poder supremo, um quase-deus onipotente e onipresente, que se permite condutas criminosas, apropriando-se, inclusive, de recursos desviados de instituições públicas, em nome da revolução socialista e de objetivos totalitários, típicos de republiquetas latino-americanas, com o propósito explícito de implantar a ditadura do proletariado, pregada por Marx. Mesmo diante do fracasso de seus propósitos, ainda insiste em perseverar, travestindo-se de condutas que sempre rejeitou "por princípio", e sempre as atribuiu às classes privilegiadas.

Se a cura ainda é possível na primeira fase, nas demais ela se torna improvável, até porque tais indivíduos se recusam a aceitar que estão doentes e necessitam de cuidados urgentes. Agem como tresloucados, fazendo acusações infundadas e brandindo os punhos como os nazistas e fascistas faziam diante de seu inimigo. Esse comportamento foi constatado nas portas da Papuda, quando alguns seres contaminados foram levados ao isolamento para evitar que a transmissão da doença se propagasse para zonas protegidas da sociedade.

Petismo tem cura? Creio que não. Principalmente porque, enquanto a doença ainda não atingiu órgãos vitais, os contaminados terminais ofuscam a visão de seus novos adeptos, impedindo-os de ver a realidade que se manifesta ao seu redor. Assim como os vícios mais letais, das drogas, o petismo é uma praga medieval que se espalhou por todos os rincões de nossa Nação, em particular os bolsões de pobreza, que não têm acesso às informações, e não estão habilitados a raciocinar com a clareza dos seres mais qualificados intelectualmente.

Nossa única esperança é que um esquadrão de intelectuais, verdadeiros e não contaminados, constituam um exército de defensores da Democracia e dos Valores primordiais de nossa sociedade, contrapondo-se aos fanáticos e aloprados lulopetistas. Caso contrário, estaremos imersos nas profundezas do delírio e da corrupção. Assim como as Mudanças Climáticas são inevitáveis e devemos reduzir, imediatamente, a emissão de carbono e nossa pegada ecológica sobre nossos caminhos terrestres, precisamos, urgentemente, extirpar essa moléstia de nosso povo, restaurando a Razão e o Bom Senso, atributos que nunca fizeram parte do ideário lulopetista bolivariano.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O Brasil Volúvel e Hipócrita

Kátia Abreu, a Rainha da Motosserra será a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento!
Quem acreditou nas promessas de Dilma durante a campanha política pode ter certeza que ela mentiu mais uma vez. Kátia Abreu, aquela que odeia índios e quilombolas, e que por sua arrogância com as populações tradicionais (aquelas que o PT diz proteger) foi eleita "Rainha da Motosserra" pelo Greenpeace, graças à sua atuação intensa em favor dos latifundiários que devastam as florestas e incentivam a invasão de terras indígenas, ela mesma, será agora a nova Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento! Seria esse o partido que diz trabalhar pelos pobres e pelos movimentos sociais?

Para quem se esqueceu, ou não sabe quem é essa mulher, ela é a presidente da poderosa CNA - Confederação Nacional da Agropecuária, que congrega todos os latifundiários da soja, do gado, da cana de açúcar, do algodão e de todas as monoculturas que estão transformando o Brasil em uma savana em processo de desertificação. Seu irmão, que é advogado, foi quem defendeu os invasores da Terra Indígena Marãiwatsédé, em Mato Grosso, terra de Blairo Maggi, o "Rei da Soja", cuja família é a maior produtora de soja do mundo. Essa invasão de terra, que durou quase quarenta anos e reduziu a população xavante à quase extinção, transformou a área indígena em um terreno quase estéril, sem vegetação, compactado pelas patas dos 100.000 bois (dentro da terra indígena) que eram criados por lá.

Petrobras Lula e Gabrielli - operação mãos sujas
Mas não é disso que estou querendo falar, embora essa trágica notícia para os ambientalistas, indigenistas e defensores das populações tradicionais não pudesse ser pior. Quero lembrar a todos que, ainda ontem, os meios de comunicação estavam falando apenas do maior escândalo financeiro do mundo civilizado (Petrobras), conforme disse o New York Times! Como uma simples notícia de que o Ministro da Fazenda seria, provavelmente, Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro, pode mudar tudo e fazer a Bolsa de Valores subir mais de 8%, atingindo a marca dos 56 mil pontos, a maior desde que Dilma assumiu a presidência em 2011? Seria, ele, um mágico? Seria, a nossa memória, tão fraca assim?

Quem lê o Editorial do Estadão (21/11/2014) e vê a manchete da provável nomeação do ministro da fazenda, na capa do mesmo jornal, não pode acreditar que tenha sido autorizada pelo mesmo diretor. No primeiro, o sr. Mesquita afirma que a euforia de Mantega seria prematura diante dos indicadores de mercado, especificamente o IGP-M, que demonstram, segundo ele, que os preços no atacado irão, certamente, pressionar a inflação para o alto. Não é possível que a simples divulgação de um nome modifique os rumos da Economia, fazendo o milagre de apagar todo o sinistro panorama de nosso futuro diante dos desmandos e prepotência de quatro anos de desgoverno dessa irresponsável que comanda o país!

"Operação Mãos Sujas" - Transmissão de Poder na versão do PT
Ninguém mais percebe (ou comenta) que está para ser aprovada pelo Congresso uma proposta do Planalto, apoiada pelo Romero Jucá, para transformar a Lei de Responsabilidade Fiscal em uma anedota de mau gosto? Ninguém mais se importa se todos os petistas, peemedebistas e pepistas estiverem enterrados até o pescoço nesse lamaçal instalado na Petrobras, que também pode comprometer as "grandes obras" do PAC, uma vez que as empreiteiras corruptas,  que prestam serviços para aquela, também constroem hidrelétricas, pontes, viadutos, estradas e a malfadada transposição do Velho Chico?

Estou estarrecido com a burrice de nosso povo, idiota a ponto de se empolgar com nomes que nada significam, pois, como diz um amigo meu, "o que importa é o Social"! De fato, e ele tem razão, é essa "sociedade de malandros" que importa, fazendo-nos de tolos, iludindo os pobres e enriquecendo os poderosos, em uma fábula às avessas, em que o PT rouba dos pobres para dar aos ricos! Essa "Robin Hood" travestida de "presidenta" está mentindo novamente, como mentiu durante toda a campanha, aconselhada pelo seu "bruxo" Lula e pelo seu "coach" João Santana, "desconstruindo" Marina Silva, com apoio de Aécio Neves, apenas para assegurar que o diabólico e maquiavélico plano de Zé Dirceu seria, por fim, cumprido, mantendo o PT no governo por VINTE ANOS (vem aí "Lula 2018"!), e transformando o Brasil em uma republiqueta latino-americana pseudo-socialista!


O que deveremos esperar dessa "nova presidanta" do "novo governo" de "novas ideias", senão mais quatro anos de mentiras, mesmices, hipocrisias, ilusionismos políticos, e manipulação das massas populares e dos sindicatos pelegos, que fingem defender os trabalhadores em falsas campanhas salariais, mas se vestem de vermelho e saem às ruas em arrastão, levando os pobres incautos a manter o PT e seus "aliados" no poder, em troca de favores inconfessáveis, constituindo essas gangues, que dilapidam o patrimônio público, através de chantagens e conchavos com empresários, igualmente corruptos?

Pois nada podemos esperar, lamento dizer.

Nesse momento, o PT, o PMDB e o PP já desviaram muitas dezenas de bilhões de reais, surrupiados da Petrobras e do BNDES, transferindo-os para os "paraísos fiscais" do Caribe, do Uruguai e da Europa, os quais também fingem se escandalizar com a trapaça que ajudam a viabilizar, em suas contas numeradas, e em investimentos cuja finalidade é melhor que jamais saibamos! A quem financiam? Ao terror praticado por fanáticos messiânicos? Aos exércitos que assassinam populações em massa, verdadeiros genocídios praticados em nome da democracia neoliberal capitalista?

Esse Brasil, volúvel e hipócrita, é constituído por políticos e empresários corruptos, pela imprensa (falada, escrita e televisiva) oportunista, abutres à espera da carniça das lambanças governamentais, das quais se alimentam! E também dos falsos intelectuais petistas, que fingem enxergar, nesses atos indecentes de corrupção explícita, apenas um meio de expropriação de riquezas, para financiar a pretensa "revolução popular" que irá transformar o Brasil em uma nova república neo-socialista, à imagem e semelhança das republiquetas bolivarianas que transformaram a América Latina em um clube de países decadentes, nos quais a liberdade de expressão foi substituída por interesses menores, manipulados em nome dos movimentos sociais. Pergunto, então, a esses pseudointelectuais: o que o Brasil tem a ver com Simon Bolívar¹? Em que esse personagem colaborou na construção de nossa cultura, de nossa liberdade e de nossa cidadania?

Esse é o cadinho que funde interesses tão díspares, como a extrema direita de Collor e a extrema esquerda do PSTU, em uma só voz no governo e no parlamento! De que outra forma interpretar essa aliança espúria, de Maluf, Collor, Sarney, Renan e Kassab, com os pseudo-comunistas do PT, da CUT e do MST? Como justificar, defender e aplaudir Zé Dirceu pelo seu envolvimento nos piores "crimes de colarinho branco" já cometidos em nosso país? "Nunca, na História desse país", houve uma camarilha tão safada e corrupta como a que tomou conta do Governo Federal, do Congresso Nacional e das Cortes Supremas do Brasil"Nunca, na História desse país", houve escândalos tão devastadores como o Mensalão do PT e o Assalto à Petrobras! Como superar isso? Como ainda acreditar no Brasil? Como preservar nosso idealismo e nossas convicções, verdadeiramente ideológicas, para defender causas socioambientais, se não temos sequer esperança de sobreviver a essa hecatombe imoral, verdadeiro golpe político que fará sucumbir  a Nação brasileira?
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¹ Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios Ponte-Andrade y Blanco (Caracas, 24 de julho de 1783 — Santa Marta, 17 de dezembro de 1830), comumente conhecido como Simón Bolívar (Pronúncia espanhola: [siˈmon boˈliβar], AFI), foi um militar e líder político venezuelano. Junto a José de San Martín, foi uma das peças chave nas guerras de independência da América Espanhola do Império Espanhol.
Após o triunfo da Monarquia Espanhola, Bolívar participou da fundação da primeira união de nações independentes na América Latina, nomeada Grã-Colômbia, na qual foi Presidente de 1819 a 1830.

Simón Bolívar é considerado na América Latina como um herói, visionário, revolucionário, e libertador. Durante seu curto tempo de vida, liderou a Bolívia, a Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela à independência, e ajudou a lançar bases ideológicas democráticas na maioria da América Hispânica. Por essa razão, é referido por alguns historiadores como "George Washington da América do Sul". [Wikipedia]

BEM DIFERENTE DAS REPUBLIQUETAS BOLIVARIANAS ATUAIS!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A HISTÓRIA DAS COISAS



Este vídeo, que já publiquei várias vezes em outros lugares, é essencial para que todos se conscientizem de sua responsabilidade social na preservação da vida e de sua qualidade, profundamente deteriorada pelo consumismo que tomou conta de nossas atividades e assumiu o controle de nossas próprias vidas! Veja-o mais de uma vez e reflita, honestamente, sobre suas atitudes! Compartilhe em suas redes sociais!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Estudo publicado na Science alerta sobre nova legislação para recursos naturais


Fonte: Mundo GEO
Por Izabela Prates
Cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) participam de estudo internacional publicado pela revista Science, na sexta-feira (7/11), que alerta sobre os perigos de eventuais mudanças em legislação ambiental brasileira.

O artigo “Brazil’s environmental leadership at risk”, que tem entre seus autores Luiz Aragão e André Lima, pesquisadores da Divisão de Sensoriamento Remoto do INPE, aponta que ecossistemas do Brasil, de importância mundialmente reconhecida, podem estar ameaçados se propostas para mineração em unidades de conservação e para o estabelecimento de hidrelétricas, atualmente em debate no Congresso Nacional, seguirem em frente.

Segundo os autores do estudo, as mudanças propostas podem representar uma séria ameaça para as áreas protegidas, enfraquecendo a posição internacional do Brasil como um líder ambiental.

Uma das propostas consiste em um projeto de lei para abrir 10% das áreas de proteção integral à mineração. Em uma análise inédita, a pesquisa mostra que pelo menos 20% da área de todas as reservas estritamente protegidas e terras indígenas do Brasil coincidem com as áreas que foram oficialmente registradas como de interesse para a mineração. Além disso, muitos dos sistemas hídricos associados com áreas protegidas serão influenciados pela construção de grandes usinas hidrelétricas. A sobreposição entre áreas protegidas e interesse mineral ou hidrelétrico ocorre principalmente na Amazônia.

Nos últimos anos o Brasil tem tido um crescente reconhecimento como líder mundial no combate à destruição ambiental. O país conta com a maior rede de áreas protegidas do mundo e avanços na governança ambiental contribuíram para uma redução de 80% na taxa de desmatamento na Amazônia brasileira durante a última década. No entanto, as novas propostas podem ameaçar a reputação ambiental do Brasil.

“Nossa preocupação é que, mesmo se propostas de mitigação fossem efetivadas, estas tendem a ser muito simplistas porque não consideram os efeitos indiretos de megaprojetos. Esses projetos normalmente mobilizam milhares de trabalhadores e levam a um rápido crescimento da população local. Isto, combinado com novas estradas e vias de acesso, é uma receita para o surgimento de novas fronteiras de desmatamento”, alerta Aragão.

A solução, segundo os autores do estudo, inicialmente é conscientizar que manter as funções ambientais, através da preservação de ecossistemas únicos, é parte do desenvolvimento e não um empecilho. Segundo, é ter a garantia por parte dos tomadores de decisão que as iniciativas de desenvolvimento sejam sujeitas a uma análise técnica de custo-benefício, socialmente inclusiva e de longo prazo, baseada em evidências científicas que comparem os potenciais impactos ambientais e sociais contra opções alternativas de desenvolvimento, para garantir o cumprimento da Constituição Federal.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A Crise Energética e a Seca mais Cruel dos Últimos 100 anos

Local de captação de água para as turbinas de Três Marias: imagem da desolação!
Temos falado insistentemente sobre a questão da água, inserida no descaso pela gestão do Meio Ambiente, e as Mudanças Climáticas. A situação atual é dramática, e revela a gravidade da crise que afeta nossos recursos hídricos. O rio São Francisco, com suas oito hidrelétricas, reflete o desinteresse das autoridades responsáveis pelas políticas públicas no que concerne à preservação da Natureza, principalmente nos biomas Cerrado e Amazônia.

A situação se agrava ainda mais se considerarmos que nossa matriz energética sempre privilegiou a construção de grandes hidrelétricas. Hoje, a produção de eletricidade depende quase que exclusivamente das usinas hidrelétricas, termelétricas (movidas a óleo diesel) e da biomassa da cana de açúcar. A energia eólica e solar ainda é insignificante nesse contexto atual. Uma crise no abastecimento de água à população evidencia também a escassez de água nos reservatórios das hidrelétricas. Se essa estiagem perdurar por mais alguns meses, certamente, em meados do próximo ano, as grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, estarão desprovidas de água e eletricidade.

Se essa estiagem está relacionada como o fenômeno sazonal do "El Niño", como afirmam as autoridades, isso não significa que a decisão por essa matriz energética esteja correta, e a culpa seja apenas de São Pedro, que não é petista. A cidade de São Paulo, há muitos anos vem buscando água para seus reservatórios em lugares cada vez mais distantes, onerando outras regiões do interior paulista, como vem ocorrendo em várias cidades da região.

Os reservatórios da Cantareira estão seriamente comprometidos, assim como aqueles do Alto Tietê, e também do Paraíba do Sul, que abastece o município do Rio de Janeiro e a Baixada Fluminense. Como se não bastasse, a água entregue nas residências está com coloração ocre, sedimentação do barro do leito dos reservatórios, e potencialmente contaminada por resíduos depositados no leito desses reservatórios cada vez mais secos.

A população dos grandes centros, vivendo essa situação dramática, apela para a abertura de poços artesianos, quando moram em casas térreas, comprometendo ainda mais o lençol freático e os aquíferos subterrâneos. A longo prazo, também essas águas profundas estarão comprometidas. Não querendo ser arauto de catástrofes, mas, ao mesmo tempo, constatando que a realidade é bem mais crítica do que as previsões mais pessimistas, devemos nos perguntar o que faremos quando nossas imensas reservas de água potável se extinguirem. Como afirmei diversas vezes nos últimos anos, somos (ou éramos) um país privilegiado pela Natureza, tendo, dentro de nossas fronteiras, cerca de 12% de toda água potável do mundo! Mas isso está se deteriorando...

O rio São Francisco é a imagem mais trágica da morte de nossos rios. A destruição das nascentes, a canalização dos ribeirões dentro das grandes cidades, a contaminação dos afluentes do Velho Chico pelos esgotos lançados em suas águas, o desmatamento das margens dos rios, o despejo de milhões de toneladas de agrotóxicos, escorridos pelas plantações de milho, soja, cana de açúcar, outras mega-lavouras e das pastagens para o gado, o descaso com resíduos industriais, despejados em lagoas de contenção às margens dos rios, a morte das lagoas de reprodução, que já não são mais alimentadas pelas cheias, tudo isso leva o Velho Chico à lenta agonia e à morte trágica, afetando uma população de mais de vinte milhões de brasileiros.

Os latifúndios não se interessam pelo Meio Ambiente, mas precisam das águas para irrigar suas terras. Porém, contraditoriamente, são eles, os fazendeiros, que estão matando os rios! E quando essa água se acabar? Certamente, as lavouras e os pastos também se acabarão! Hoje, o agronegócio garante parcela expressiva do PIB nacional, graças a essa política predatória e à expansão ininterrupta das fronteiras agrícolas para dentro do Cerrado e da Amazônia.

Nossas matas, florestas, águas subterrâneas, tudo está ameaçado por essa política cretina de terra arrasada: produção acelerada, incentivada pelos países que, ou já acabaram com suas florestas, ou não querem destruir o que restou, e importam carne, soja, milho, algodão, açúcar, álcool e tudo que o Brasil produz, caminhando célere para a exaustão de nosso riquíssimo território. A longo prazo (longo?) o que será legado aos nossos descendentes é uma imensa savana seca, e imensas áreas desertificadas pela devastação do agronegócio.

A Crise Energética e a Seca mais Cruel dos Últimos 100 anos não ocorre por acaso, nem por um capricho das chuvas que não chegam. Esses fenômenos acontecem pela irresponsabilidade de um governo que não tem capacidade de gerir nossos recursos naturais. Minas Gerais, vista de cima, já parece um imenso terreno devastado pelo garimpo das mineradoras, que sangram a terra para extrair os minérios para exportação. Cerca de 20% da Amazônia já desapareceu e se transformou em áreas urbanas, estradas e travessões de assentamentos do INCRA, ou em fazendas de soja e de gado. Metade do Cerrado já virou campos de soja, algodão e gado. O que ainda falta destruir?

Se este ainda não é o derradeiro período de seca, se as águas voltarem a encher os reservatórios, a mover as turbinas das hidrelétricas, a serem sugadas para aspergir sobre as "plantations" contemporâneas, é, pelo menos, um último aviso, uma mensagem explícita de que alguma coisa muito grave está a acontecer. Se as autoridades incompetentes não escutam essa mensagem, padeceremos a seca e a fome, a decadência de um país que, no ato do Descobrimento, foi declarado o maná do mundo, lugar onde "em se plantando, tudo dá", como dizia Pero Vaz de Caminha em sua carta ao Rei de Portugal.

Não desejo a desgraça, pois amo minhas filhas e meus netos, e quero deixar a eles um legado de riquezas e belezas naturais. Infelizmente, não depende de mim, apenas. Deixo, frequentemente, insistentemente, as minhas palavras de alerta, esperando que alguém as ouça e, ao menos, reflita sobre a possibilidade de tudo isso vir a ser um tremendo pesadelo. Espero estar errado...

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O País Chinfrim

ASSIM ERAM TRATADOS OS PRISIONEIROS POLÍTICOS DURANTE A DITADURA MILITAR, DE 1964 A 1985. É ISSO QUE VOCÊS QUEREM TRAZER DE VOLTA? E SE A VÍTIMA FOSSE SEU FILHO OU SEU PAI?
(NA FOTO MENOR, VLADIMIR HERZOG "SUICIDANDO-SE" NO DOI-CODI)
Somos mesmo um país chinfrim, de um povo ignorante e burro, que ao primeiro sinal de tempestade, corre a pedir socorro para os ditadores fardados, por não terem competência sequer de escolher seus governantes! Não foi apenas a Dilma e o PT que foram eleitos: foi também um Congresso de cretinos e safados, prontos para trocar votos por cargos, para si mesmos e para seus apadrinhados incompetentes.

Aqueles que se acham intelectuais, apenas porque votam no PT e aceitam a máxima das ditaduras e da corrupção, de que "os fins justificam os meios", aparentemente não se envergonham de ter seus líderes na cadeia! Acham que seu partido pratica a "Justiça de Hobin Wood": "roubar dos ricos para dar aos pobres"! Só que eles não dão aos pobres: guardam para si e para financiar as maracutaias de seu partido!
OU VOCÊ PREFERE ESSA CORJA DE "AMIGOS" QUE ESTÃO DILAPIDANDO (OU DEVASTANDO) O PAÍS DESDE 1985, QUANDO JOSÉ SARNEY FOI ELEITO, E DEPOIS FERNANDO COLLOR DE MELLO? (PODERÍAMOS CITAR OUROS "ALIADOS", COMO RENAN CALHEIROS, EDSON LOBÃO, PAULO MALUF, BLAIRO MAGGI, ALDO REBELO, RONALDO CAIADO, GLEISI HOFFMANN, JÁDER BARBALHO, ROMERO JUCÁ, KÁTIA ABREU,..., SÓ PARA CITAR ALGUNS MAIS NOTÓRIOS!)
Enquanto isso, uma quadrilha de bandidos toma conta do país, dividindo o produto do roubo descarado das licitações e contratos em todas as instituições públicas federais e estaduais, principalmente da Petrobrás e das hidrelétricas construídas na Amazônia. E recebem o dinheiro dos latifundiários, que financiam suas campanhas eleitorais indecentes!

Qual a saída? A longo prazo, aquela óbvia de investir pesadamente na Educação e na Cultura. Mas isso também não basta, pois esses pseudo-intelectuais do PT são, supostamente, "cultos e educados", mas nem por isso agem com sabedoria. Pelo contrário, investem em um modelo político falido e totalitário, pretendendo implantar Comissões Populares em todas as instituições pública, paralisando definitivamente a já emperrada e ineficiente máquina pública, o principal fator determinante do assim chamado "Custo Brasil"!

A curto prazo não há saída. Estamos em uma encruzilhada, no escuro e sem nenhum mapa que nos mostre os caminhos. Seguiremos "obedecendo a cartilha do PT", mesmo que não aceitemos suas regras imorais. Serão quatro intermináveis anos de desmandos, roubos e incompetência explícitos, acompanhados de um "processo do petrolão" fadado ao fracasso, cujos juízes petistas não terá a menor chance de conduzi-lo "com isenção" contra os bandidos dos quadros do PT, PMDB e PP, que expropriaram mais de dez bilhões de reais da maior empresa de nosso país!

E os "inocentes úteis" que elegeram Dilma sequer sabem a estupidez que práticaram! Votaram no escuro, acreditaram nos falsos líderes que "vendem" o "Bolsa Família" como uma das maiores maravilhas do mundo civilizado! Pura ignorância!

Que paguemos, pois, o preço de nossa ignorância!

domingo, 2 de novembro de 2014

A GUERRA AINDA NÃO ACABOU

PETROLÃO À VISTA!
Para quem apostava que todos os escândalos seriam abafados com a reeleição de Dilma Rousseff, as manifestações de rua têm demonstrado que estavam equivocados: a guerra ainda não acabou, até porque os adversários não foram nocauteados, e a sociedade consciente sabe que houve fraude, não nas urnas, mas nos métodos bizarros da disputa, baseados nas mentiras, na covardia, no abuso extorsivo de dinheiro público, nos financiamentos imorais de campanhas e no ilusionismo político das Bolsas de Compra de Votos, instaladas em todos os rincões do país onde existem bolsões de pobreza e ignorância.

A crise não é somente de credibilidade, embora o resultado final tenha sido um empate técnico, usando o jargão das empresas de pesquisa de opinião. O massacre do primeiro turno, quando Dilma tinha o dobro do tempo de seus opositores no horário eleitoral "gratuito", não foi eficiente no segundo turno, pois mesmo sob fogo intenso das artilharias dos Palácios e Ministérios de Brasília, Aécio Neves chegou a quase 50% dos votos válidos, e os ditos "votos inválidos" do não comparecimento, dos votos em branco e dos votos nulos, chegou a 27,44% dos votantes! Quase 30% dos brasileiros não apoiaram nenhum dos dois candidatos!

Mas não se trata apenas de analisar os resultados numéricos dessa eleição, ganha pelos votos inconscientes daqueles que recebem o "benefício" do Bolsa Família (e isto ficou evidente nos gráficos de distribuição de votos por região geográfica, por escolaridade e por faixas de poder aquisitivo). É preciso analisar o que significará governar o país com um Congresso Nacional que possui 29 partidos políticos nele representados! É preciso avaliar como o PT de Dilma e Lula irá se relacionar com esses políticos sangue-suga, que trocam sua dignidade por cargos políticos em todas as esferas do poder executivo. É preciso avaliar como esse partido intolerante irá conduzir a política econômica sem levar o país de volta à inflação, aos juros elevadíssimos e à estagnação econômica. É preciso, enfim, saber como Dilma irá "aparelhar" (ainda mais) o STF - Supremo Tribunal Federal, a instância máxima do país em questões jurídicas, para se proteger do processo do Petrolão do PT, certamente, o maior escândalo financeiro de nossa história, chegando, supostamente, a 10 bilhões de reais de desvio de dinheiro, favorecendo o PT, o PMDB, o PP e outros partidos da "Base Governista"!

Ainda nem chegou 2015, e o PT perdeu espaços no Congresso, assim como vários de seus "aliados". A composição dos Ministérios será o mais descarado loteamento político de que já se teve notícia em nossa história, favorecendo políticos corruptos em ministérios essencialmente técnicos, como aconteceu com Edson Lobão, no Ministério de Minas e Energia (e ele mesmo afirmou sua ignorância absoluta no assunto quando recebeu o cargo de Dilma Rousseff) e com Garibaldi Alves (vulgo "babão"), que mal sabe concatenar suas ideias.

Serão quatro anos de irresponsabilidades políticas, econômicas e sociais, tornando a vida nacional um pesadelo como nunca houve, com exceção do período de Ditadura Militar! E o pior é que muitos idiotas e cretinos já declaram abertamente seu apoio à volta dos militares ao poder! É claro que as Forças Armadas não são as mesmas dos "anos de chumbo", duas décadas de crimes hediondos contra a liberdade humana, através de torturas dignas da Idade Média! Nossa expectativa é que os militares não entrem nessa canoa furada...

O convite hipócrita de Dilma à oposição, para o diálogo, contrasta com a violência de seus programas eleitorais e as mentiras descaradas montadas pelo seu marqueteiro político, João Santana! Parece que muitos marqueteiros têm talento para ajudar o PT a roubar os cofres da Nação! Diante desse "desempenho" de João Santana, chego à conclusão que a pena de Marcos Valério foi pequena demais: apenas 38 anos de cadeia! Deveria ser prisão perpétua!

Portanto, meus caros leitores, preparem-se para o pior período de nossa história, seja para os povos indígenas e quilombolas, seja para o Meio Ambiente, seja para aqueles que se mantêm conscientes, mesmo diante da pior tragédia! Vamos nos unir na oposição a esses usurpadores da dignidade nacional, mas atentos às tentativas de golpe, seja da esquerda fanática, seja dos defensores da DITADURA! BRASIL, TORTURA, NUNCA MAIS!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Com rombo recorde em setembro, Tesouro passa a ser deficitário no ano, pela primeira vez desde o Plano Real

Fonte: Folha de São Paulo



O governo Dilma Rousseff gastou além de sua arrecadação pelo quinto mês consecutivo, e o Tesouro Nacional agora acumula até setembro um deficit inédito em duas décadas.

No mês passado, as despesas com pessoal, programas sociais, investimentos e custeio superaram as receitas em R$ 20,4 bilhões, o maior valor em vermelho já contabilizado em um mês. Com isso, o resultado do ano passou de um saldo fraco para um rombo de R$ 15,7 bilhões.

Em outras palavras, o governo federal teve, de janeiro a setembro, deficit primário, ou seja, precisou se endividar para fazer os pagamentos rotineiros e as obras de infraestrutura.

Nas estatísticas do Tesouro, é a primeira vez que isso acontece por um período tão longo desde o Plano Real, lançado em 1994 -os dados anteriores são distorcidos pela hiperinflação e não permitem comparações apropriadas.

A deterioração das contas federais começou em 2012, quando o governo acelerou seus gastos na tentativa de estimular a economia, e o descompasso entre receitas e despesas se agravou neste ano eleitoral.

As primeiras, prejudicadas pela debilidade da indústria e do comércio, tiveram expansão de 6,4% até o mês passado; as segundas, de 13,2%.

A escalada dos gastos neste ano é puxada pelos programas sociais  -especialmente em educação, saúde e amparo ao trabalhador- e pelos investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O desequilíbrio fiscal produziu um círculo vicioso na economia, ao elevar a dívida pública, alimentar o consumo e dificultar o controle dos preços. Com credores mais temerosos e inflação elevada, o Banco Central precisa manter juros altos, comprometendo ainda mais o crescimento da economia e a arrecadação.

O secretário do Tesouro, Arno Augustin, finalmente admitiu que a promessa de fazer um superavit primário de R$ 80,8 bilhões neste ano será descumprida.

Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, o saldo pode ser reduzido a R$ 49 bilhões. O governo, no entanto, vai propor ao Congresso a alteração da lei para permitir um resultado ainda menor.

Passadas as eleições, o mercado aguarda o anúncio de medidas para conter despesas e elevar receitas. As alternativas à disposição do governo, porém, não são animadoras.

Cerca de três quartos do Orçamento são ocupados por pagamentos obrigatórios, como salários, repasses ao Sistema Único de Saúde, benefícios previdenciários e assistenciais. Por isso, as vítimas preferenciais dos ajustes são as obras públicas, das quais o país precisa para enfrentar as deficiências da infraestrutura.

Um aumento de impostos elevaria ainda mais a carga tributária do país, a mais alta do mundo emergente ao lado da argentina -e criaria um desgaste político adicional para uma presidente que acabou de passar por uma reeleição apertada.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

DILMA MÁ!


Passa o tempo, tanta gente a se enganar...

De repente, essa tristeza pra votar
Em quem nunca foi sincero e me traiu!
Com medo de ser feliz, o sonho já sumiu.

Dilma má, esse é o meu suplício!

Dilma má, mais um sacrifício...
Dilma má, o Brasil se cansa,
Dilma má, fim de uma esperança...

Dilma má, tanta hipocrisia!

Dilma má, quanta porcaria!
Pra você, nunca dei meu voto;
Do PT, nem quero uma foto!

Dilma má, mãe dessa miséria,

Dilma má, vá para a Sibéria!
Dilma má, pega esse barbudo,
Vá pra Cuba, leva esse chifrudo!





Passa o tempo e tanta gente a trabalhar
De repente essa clareza pra votar
Sempre foi sincero de se confiar
Sem medo de ser feliz
Quero ver você chegar
Lula lá, brilha uma estrela
Lula lá, cresce a esperança
Lula lá, o Brasil criança
Na alegria de se abraçar
Lula lá, com sinceridade
Lula lá, com toda a certeza pra você
Um primeiro voto
Pra fazer brilhar nossa estrela
Lula lá, muita gente junta

Valeu a espera
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E pensar que, um dia, ele foi, de fato, a esperança de uma transformação radical na política brasileira... hoje, o que resta é essa amargura pela traição do PT e de LULA aos ideais de 1989, ao partido ético e à alegria que era fazer campanha para o PT. Naquela época "oPTei" era mais do que um símbolo político, mas uma verdadeira OPÇÃO de luta pacífica por um país mais justo, solidário, honesto e digno... infelizmente, o sonho acabou...

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A POLÍTICA A SOCIEDADE E O GOVERNO DO FUTURO

Cyberspace: o mundo do futuro, onde as distâncias perdem o significado
Muito se fala sobre "Reforma Política", "Reforma do Estado", "Reforma das Instituições" e outras "reformas" necessárias à contemporaneidade do mundo. No entanto, tais reformas, tal como têm sido concebidas e propostas, nada possuem de contemporâneo e muito menos de visionário. Tratam-se apenas de adaptações que ignoram as transformações extraordinárias que vêm ocorrendo, principalmente, em função das novas tecnologias da Informação e da Comunicação. Não são meras mudanças decorrentes da tecnologia, mas a superação virtual dos espaços reais, físicos, tais como concebidos em eras anteriores ao século XX.

Para se compreender a complexidade desse "Admirável Mundo Novo" e os impactos que dele advirão para as sociedades do futuro, é necessário antever algumas das possibilidades tecnológicas e as transformações que acarretarão na vida humana. Basta, porém, ter a convicção de que as instituições que existem hoje não terão lugar na sociedade do futuro. E esse futuro já bate à nossa porta, e as tecnologias existentes já permitiriam que essas transformações se processassem, não daqui a dez, cinquenta ou cem anos, mas agora!

O que certamente desaparecerá nesse mundo novo? O papel, os automóveis, o petróleo, os latifúndios, as aldeias, o casamento, as cadeias, a polícia, o exército, as assembleias, câmaras, congressos, partidos políticos e outras associações, a propriedade privada, os escritórios e organizações, os cinemas e as salas de espetáculo, as igrejas e as religiões, as escolas, os animais de abate, os zoológicos, a carne como alimento, o esgoto e os lixões, os fios, as linhas de transmissão de energia e as hidrelétricas, as ideologias e as guerras.

Muitos se perguntarão como seria possível um mundo sem essas instituições e sem esses objetos e conceitos, hoje essenciais para a vida de qualquer ser humano. Mas, se observarmos atentamente, todas essas "coisas" e conceitos são primitivos, e vinculados às características de nosso mundo em transição. Assim, passarei a descrever cada um deles e as causas de seu desaparecimento.

PAPEL. Só existe porque é usado, ainda, como meio de comunicação. Porém, as tecnologias digitais já tornam supérfluo e inaceitável o "papel" como mídia destinada à veiculação de idéias, de notícias e de conhecimentos. Estou escrevendo em um meio digital, para ser publicado em um espaço virtual, para conhecimento de milhões de pessoas que se interessem pelo tema e que sejam estimuladas pelas "tags" (ou palavras-chave) que eu colocar em minha mensagem. Tudo sem usar o papel. Além disso, o papel é fruto da destruição das florestas.

AUTOMÓVEIS. Como meio de transporte, os automóveis são resquícios de uma sociedade aristocrática e ineficiente. Todas as vias construídas para esse tipo de veículo são sub-aproveitadas, assim como o próprio veículo per se, que ocupa o espaço de dez pessoas sentadas em um veículo coletivo, mas transporta, em média, apenas duas. Veículos individuais e coletivos, percorrendo trajetos planejados, utilizando energias renováveis, substituirão os automóveis assim que outros paradigmas sociais tenham sido removidos.

PETRÓLEO. Simples corolário do item anterior, além do resultado do esgotamento desse combustível fóssil, o petróleo desaparecerá assim que sua produção e comercialização sejam inviabilizados pela produção de outras formas de energia renováveis, mais econômicas e não poluidoras. Talvez mesmo antes de que os investimentos do pré-sal tenham sido amortizados, o petróleo já terá se transformado em uma fonte proibitiva e inviável, política e economicamente, superado por fontes limpas e sustentáveis de energia.

LATIFÚNDIOS. Esse tipo de lavoura, que utiliza espaços gigantescos com baixa produtividade em relação ao consumo humano, e com enorme impacto sobre o meio ambiente, deverá ser substituído por fábricas de alimentos sintéticos, resultado do desenvolvimento da biogenética e de novas versões de transgênicos que não dependam do solo para sua fertilização e produção. Os latifúndios são o reflexo de uma sociedade feudal inaceitável, e que já deveria ter sido extinta, pois é geradora de privilégios e comportamentos inadmissíveis em um mundo superpovoado, como será a Terra no final deste século.

ALDEIAS. Pequenas aglomerações humanas se tornarão impossíveis em um mundo cujos espaços sejam cada vez mais insuficientes para abrigar uma gigantesca civilização cibernética. A ideia romântica de vilas, povoados e aldeias dará lugar ao pragmatismo da sobrevivência da espécie humana. Comunidades indígenas, quilombolas, de lavradores e ribeirinhos não caberão nesse mundo novo que se prenuncia. Serão absorvidas pelas novas cidades cibernéticas.

CASAMENTO. A união conjugal vem passando por transformações históricas. Embora a homossexualidade seja tão antiga quanto o homem, só neste século é que a sociedade passou a admitir que a escolha de parceiros sexuais é uma decisão que não cabe à sociedade julgar, em termos de moralidade. Por outro lado, o casamento, que nas suas origens representava a bênção da igreja para a procriação, deixou de fazer sentido com essas modalidades conjugais, tornando-se mero contrato social destinado a assegurar os direitos de cada parte na união.

CADEIAS. Prisões são feitas para isolar o indivíduo que quebra as regras de convivência social, em prejuízo de alguém que se sentiu lesado, ou como prevenção a novos crimes praticados contra a sociedade. Com o crescimento demográfico, as cadeias passaram a ser amontoados de pessoas, sem que pudessem cumprir a finalidade a que se propõem, qual seja a de dar ao prisioneiro uma oportunidade de se redimir pelos erros cometidos e se reintegrar na sociedade. A sociedade do futuro terá outros mecanismos e instrumentos para controlar e fiscalizar esses indivíduos, sem que, para isso, tenham que ser afastados do convívio social e serem mantidos em celas que mais parecem um zoológico. O que se prevê é a "reprogramação comportamental" através de sessões de medicação, condicionamento intelectual e até mesmo interferências genéticas na mente do indivíduo "meliante".

POLÍCIA. O aparato policial de que dispõe a sociedade para coibir, reprimir e capturar criminosos é desproporcional à sua finalidade social, e fonte de corrupção e descaminho. O futuro produzirá meios de controle social sem o uso de armas ou de violência, e poderá ser monitorado por centenas, milhares, senão milhões de câmeras distribuídas estrategicamente nos agrupamentos urbanos, e de aparatos (chips) instalados no indivíduo ao nascer. E a captura do criminoso se dará por meios legítimos de neutralização e remoção do indivíduo da cena do crime, até que sua "readaptação" social seja efetivada.

EXÉRCITO. Essa instituição só tem sentido na medida em que existem fronteiras, limites geográficos, e nações e países, que acreditam que o espaço de confinamento demonstra e caracteriza a personalidade e a identidade das pessoas com o espaço nacional dos países em que habitam. Abolindo-se as fronteiras, as bandeiras, os hinos e a história isolada desses países, o Exército se tornará inútil e supérfluo, e as guerras de conquista serão apenas memórias históricas de um mundo dividido por ideologias e conceitos medievais.

REPRESENTAÇÕES POPULARES. As assembleias, câmaras, senado, partidos políticos e outros tipos de representações populares serão consideradas nefastas e geradoras de discórdias. Por outro lado, o poder de manifestação será melhor exercido através de recursos tecnológicos que permitam, não apenas a formação de grupos virtuais heterogêneos, como estarão disponíveis através de diferentes ferramentas destinadas a criar e desfazer alianças temporárias, para finalidades variadas, conforme o interesse dos cidadãos, permitindo-lhes o exercício da democracia plena e da representatividade absoluta em cada nova situação.

PROPRIEDADE PRIVADA. A posse de bens é, talvez, a mais nefasta das concepções humanas, na medida em que cria a falsa ideia de que o mundo pode ser loteado para poucos, em prejuízo de muitos. Por outro lado, para que possuir bens se tudo pode ser usufruído por todos em qualquer situação, sem que, para isso, seja concedida a posse exclusiva e egoísta desses bens a um único indivíduo? O direito de uso não agrega valor a uma existência efêmera de poucas décadas. E a herança desses bens é o mais poderoso instrumento de perpetuação de castas e privilégios que a humanidade já tenha criado.

ESCRITÓRIOS DO FUTURO. Ainda nos parece essencial ter um lugar físico para se exercer as atividades burocráticas de uma organização. A esses lugares se denominou, no passado, de "escritórios", ou "lugar para se escrever". A ação de se escrever era, no passado, difícil e restrita aos poucos (geralmente, os "escribas monásticos") que dominavam a "arte da escrita", ou seja, o conhecimento de um idioma, com seus símbolos gráficos, regras de sintaxe e ortografia, e o manuseio de pincéis ou canetas; as máquinas de escrever e, principalmente, a estrutura organizacional física surgiram com a revolução industrial. Escritórios do futuro já existem, e são virtuais. Podem estar em locais compartilhados e temporários, podem estar nas casas dos funcionários, os "home office", ou podem, simplesmente, não existir, na medida em que cada pessoa estaria exercendo suas atividades em qualquer lugar, conforme seu conhecimento ou experiência, sendo que a articulação dos processos seria construída conforme a necessidade momentânea ou duradoura de um projeto, programa ou plano. Assim, não existiriam organizações formais, mas grupos de trabalho destinados a exercer atividades específicas, enquanto fossem necessárias, desfazendo-se quando a função, ou a missão, ou o projeto estivesse concluído. Simples assim.

CINEMAS E SALAS DE ESPETÁCULO. As manifestações artísticas e culturais estariam disponíveis a todo momento, cada grupo podendo se apresentar virtualmente, para quaisquer públicos interessados. Estes, por sua vez, teriam condições de se manifestar virtualmente, fazendo parte do espetáculo de forma interativa, anônima ou não, agrupando-se também de forma virtual, enquanto fosse de seu interesse. Cada indivíduo ou grupo, seja de atores, seja de espectadores, se formaria e se desintegraria para cada apresentação. Todos os espetáculos poderiam ser guardados virtualmente, fazendo parte do acervo individual ou coletivo, através de filtros de seleção e preferências manifestadas.

IGREJAS OU RELIGIÕES. Assim como os partidos políticos, as igrejas e as religiões criam instituições sectárias preconceituosas, perniciosas à harmonia social, devendo ser definitivamente extintos e proibidos. A manifestação de ideologias, sociais ou espirituais, deve ser livre e fazer parte da cultura de qualquer indivíduo, sem que, para isso, se converta em seita de fanáticos, que se manifestam coletivamente, perdendo sua identidade individual, e tornando-se, portanto, impessoal e ameaçadora à paz e à liberdade coletiva. Talvez, esta seja a maior das transformações que o mundo, tal qual o conhecemos e o experimentamos, presenciará nas próximas décadas, uma vez que extinguirá a farsa que domina, pela ignorância, as mentes dos menos privilegiados, intelectualmente.

ESCOLAS. Pode parecer estranho não existir escolas, mas elas apenas existem porque a transmissão do conhecimento ainda é primitiva e lenta. Passamos cerca de um quarto de nossas vidas aprendendo coisas inúteis, desconexas ou desnecessárias às atividades que exercemos, deixando de aprender o essencial, que é o conhecimento da finalidade da vida, da missão da sociedade humana, da percepção das sinapses que construímos em nossas mentes, e dos valores e princípios que deveriam nortear o comportamento humano, sem ter, contudo, o domínio do processo de organização desses complexos caminhos de armazenamento, de busca e de organização da inteligência humana.

ZOOLÓGICOS, ANIMAIS DE ABATE E A CARNE. Uma das mais importantes mudanças no comportamento humano será o entendimento de que não podemos ser carnívoros, seja porque as proteínas da carne não são as únicas que poderiam suprir nossas necessidades diárias, seja porque, neste futuro utópico, a comida será sintetizada artificialmente, acabando com as fazendas agrícolas e a criação de animais para abate, seja, ainda, porque precisaremos de todo espaço disponível na Terra para o lazer, as habitações e as atividades humanas. Zoológicos são aberrações que criamos para conhecer os animais, que deveriam estar vivos em seus habitats, e não confinados em jaulas ou em paisagens artificiais, construídas para serem usadas como presídios de visitação e deleite dos seres humanos.

DEJETOS HUMANOS: OS LIXÕES. Segregamos locais para despejar o nosso lixo, transportado por tubulações e veículos de carga, deixando de reaproveitá-lo para reuso e consumo. Esses lixões e esgotos são uma excrescência de nossa civilização e deverão ser eliminados. Os processos de separação e tratamento do lixo devem fazer parte de nossa rotina diária, e não servir de motivo de segregação de uma população diminuída em seu papel de seres humanos catadores e separadores de nosso próprio lixo.

PRODUÇÃO E TRANSPORTE DE ENERGIA. Outra forma primitiva de atividade, que caracteriza nossa sociedade humana, é a produção e o transporte de energia: hidrelétricas, termelétricas, usinas nucleares, linhas de transmissão, com enormes perdas pelo caminho, estações rebaixadoras e todo esse processo antiquado de produção, transporte e distribuição de energia deverá ficar no passado. Cada unidade humana, seja uma residência, seja uma unidade produtiva, seja qualquer equipamento útil, deverá ter sua própria fonte de energia, eliminando toda essa estrutura produtora e portadora que existe hoje.

IDEOLOGIAS E GUERRAS. Talvez devêssemos acrescentar, a essa dupla concepção, as religiões, já tratadas junto aos partidos políticos e associações. O fato é que toda dissidência humana se inicia em um embate de ideias sem o propósito construtivo da manifestação intelectual, mas apenas com a intenção de fazer prevalecer nosso ponto de vista ao dos nossos adversários. Daí, talvez, a necessidade de se discutir, aqui também, as atividades competitivas dos seres humanos, como o futebol e outros esportes geradores de discórdia e desunião. Mas trataremos apenas das ideologias e das guerras. Extintos os territórios, os países e seus limites, as guerras deixariam de existir, assim como as disputas pela sua posse. Não precisamos de terrenos murados, cercas, bloqueios de qualquer espécie, destinados, única e exclusivamente, a demarcar territórios que não nos pertencem. O mundo é dos seres vivos, independentemente de sua inteligência, sua cultura, suas linguagens e suas construções mentais. Quem contestará o fato de que surgimos da evolução das espécies? Quem assegurará que outras espécies poderão, eventualmente, evoluir para outras formas de vida inteligente, até mais qualificadas do que os seres humanos, tal como somos?

Essas considerações despretensiosas foram escritas para meditarmos a respeito do que nos separa, daquilo que nos segrega em nossa sociedade atrasada e arrogante, tornando ideias, que deveriam existir para serem compartilhadas, em armas para nos separar e desunir. Acabamos de sair de uma disputa ideológica que não trouxe vitoriosos, mas apenas perdedores. Tendo sido discutido exaustivamente o tema das "MUDANÇAS" por ambas as candidaturas finais do confronto ideológico, tudo o que não aconteceu foram "MUDANÇAS"! Ficou o mesmo grupo no poder, com as mesmas ideologias ultrapassadas, confrontadas com outro grupo ideológico também ultrapassado. Ficou um gosto amargo da derrota para ambas as partes, que não conseguiram convencer o eleitorado da prevalência de suas ideias às ideias opostas. Usou-se de artifícios e mentiras para iludir uma parcela indefesa da sociedade. Perdeu-se uma oportunidade de nos afastarmos da disputa ideológica para algo mais pragmático, como a "SUSTENTABILIDADE" de nossos processos produtivos, sociais, intelectuais, comportamentais, diante de um mundo em transformação, onde as "MUDANÇAS CLIMÁTICAS" determinarão os rumos de nossas vidas nas próximas décadas.

O que virá do caos decorrente de nossas ações predatórias sobre o Meio Ambiente? O que restará depois dos desastres ecológicos que arruinarão nossos sistemas produtivos medievais? Como subsistiremos à morte de nossas fontes de recursos naturais, quando os processos predatórios tiverem exaurido essas riquezas naturais, que desaparecerão pela perversidade e ignorância de governos despreparados para gerir o Universo em que habitamos? São essas as questões que estão em pauta, não a cor da pele e de nossa ideologia, ou a "magnanimidade" das migalhas distribuídas a uma parcela desta sociedade desigual, arcaica, feudal, primitiva, egoísta, sem solidariedade, sem compaixão, sem amor ao próximo, que são estes os princípios e valores essenciais à vida inteligente.

E não saberemos dizer quando teremos outra disputa que valha a pena ser realizada. Esta, certamente, não serviu para nada. Saímos perdedores, acusando-nos, mutuamente, dos mais torpes preconceitos! Perdemos diante de nossos "inimigos", que são nossos irmãos de sangue, de culturas, de herança genética, de vizinhança, de território, de costumes, ainda que primitivos! Quando teremos nossa próxima oportunidade de rever nossos conceitos? Quando aprenderemos a debater ideias sem que, para isso, tenhamos que humilhar nossos adversários com palavras grotescas e arrogantes, acreditando que as "Nossas Verdades" sejam melhores que as "Verdades Alheias"?

Não existem VERDADES! Existem conceitos divergentes, que o próprio tempo cuidará de comprová-los falsos e decorrentes de nossa percepção míope do Universo que nos cerca. E esse tempo, que nos levará muito antes que tenhamos tempo de aprender o suficiente para sermos humildes, acabará por dar fim a essa humanidade que se vangloria de ser a espécie mais bem sucedida da face da Terra! Será mesmo? Pois seremos nossos próprios algozes, e exterminaremos nossa própria raça, a despeito de cores, credos, ideologias, conhecimentos científicos, realizações materiais ou desenvolvimento tecnológico.

Ao pó das estrelas retornaremos, e lá permaneceremos por milhões, bilhões de anos terrestres, à espera de que a casualidade combine nossas moléculas esparsas, catalizadas por acontecimentos e fenômenos igualmente aleatórios, reconstituindo novas formas de vida que, por sua vez, se reorganizarão até que, um belo dia, nova vida "inteligente" venha a surgir e se desenvolver, cometendo os mesmos erros e determinando o fim dessa nova espécie.

Esse é o ciclo do próprio Universo. Existirá um DEUS, uma inteligência que, como um maestro, conduza o tempo fictício e os eventos cósmicos  em direção à constituição cíclica de eras geológicas, manifestações naturais, surgimento de espécies "VIVAS" e seu desaparecimento, sem que, aparentemente, nada faça sentido para nós, reles seres humanos em vias de extinção? Jamais saberemos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

THE DAY AFTER

FESTA NA PAPUDA!
A desconstrução da Nação brasileira não se consumou ontem. Ela apenas começou. O que se pode afirmar é que o vaticínio de Zé Dirceu, de que o PT precisaria de 20 anos no poder para implantar definitivamente o seu "modelo político chavista", está prestes a se tornar realidade. Depois de mais quatro anos de Dilma Rousseff, a "Coração Valente", haverá a volta triunfal do "Grande Mestre do Ilusionismo" Lula Inácio Lula da Silva, coroando sua "obra magistral". 

O que aconteceu foi uma tragédia sem retorno: o Brasil foi dividido entre adeptos do PT e seus inimigos, entre o Norte/Nordeste e o Sul/Sudeste/Centro-Oeste, numa reconstituição da Confederação do Equador. E essa obra precisa ser "creditada" também ao PSDB, que não apenas participou de muitos escândalos financeiros recentes, como também ajudou Dilma e seus "Companheiros" a destruir a imagem pública de Marina Silva com mentiras.

O PT herdará de si mesmo um país dividido entre os que votaram pela continuidade do processo de implantação de seu "modelo sui generis" de governo populista, e o "ancien régime" do PSDB, que tenta restaurar os privilégios da aristocracia. E essa luta também divide os partidos políticos em dois blocos radicais, que não admitem o diálogo nem a coexistência pacífica, pois a nenhum interessa "baixar a guarda" diante do "inimigo".

Porém, ambos estão na contramão da história, pois não percebem as transformações que se processam, inexoravelmente, no mundo contemporâneo, deixando a "Guerra Fria" no passado. Mesmo a dicotomia "esquerda-direita" já perdeu seu significado (se é que houve, algum dia, essa oposição). Mais do que ideologias ultrapassadas, esses partidos políticos não enxergam as urgências de transformação do modo de vida dos seres humanos para continuar a existir.

Sustentabilidade não é uma palavra vazia, como querem fazer ver os inimigos da Natureza. É uma premência, uma imperiosidade, uma urgência para que a humanidade não mergulhe em um abismo de escassez de recursos irreversível. A contrapartida da Sustentabilidade é a devastação total dos recursos essenciais à vida, quais sejam: as florestas, os rios, os animais e o equilíbrio ecológico, sem o qual não será possível a existência humana sobre a Terra.

Mas voltando à famigerada política do "toma lá dá cá ", que esses políticos compreendem muito bem, o petismo lulista também está acuado em seu próprio covil: a coligação "heterogênea e pragmática" que montou será também o seu caixão e sua tumba. As concessões que terá que fazer aos partidos da "base governista" serão tantas e tamanhas que comprometerão seu próprio projeto de poder. Os oportunistas que os cercam não permitirão a "governabilidade" necessária para sair da crise político-financeira em que se meteram.

Propostas esdrúxulas, como a do plebiscito para fazer a reforma política, ou a promessa de combater a corrupção (a raposa cuidando das ovelhas) são meras cortinas de fumaça para disfarçar a falta de um projeto de governo. Como sair desse lamaçal de denúncias de corrupção? Como "fazer as pazes" com os empresários do bem? Como concluir tantas obras inacabadas sem comprometer ainda mais as contas públicas? Como combater a inflação e manter, ao mesmo tempo, a política do clientelismo-assistencialismo em que se meteram?

São muitas as dúvidas e poucas as alternativas possíveis diante de um país dividido e fragmentado. Nem mesmo o discurso hipócrita de vitória, com sua claque de fanáticos uivando atrás, terá o poder de reconciliar a Nação derrotada. Aquela pantomima demonstrou o estado de espírito dos "vencedores" com relação aos "vencidos", e nos permite antever o clima de beligerância que predominará, no Congresso e fora dele, entre petistas e tucanos.

Resta-nos continuar nossa luta contra esse novo modelo de ditadura populista implantada pelo PT, com a conivência e a omissão dos empresários, que se beneficiam das obras superfaturadas que proliferam pelo país. Resta-nos continuar carregando a bandeira da Sustentabilidade, acreditando na remota possibilidade de resgate dos valores éticos e morais da sociedade, por um acaso do destino que não saberíamos explicar, a não ser pela esperança, que deve ser sempre a última a se acabar! Dará tempo? Provavelmente, não...