Marina Silva na favela da Rocinha (Foto AP) |
Fonte: "O Estado de São Paulo" Autor: FÁBIO ALVES
A corretora Nomura Securities, a maior do Japão e uma das maiores do mundo, disse em nota enviada a clientes acreditar que a candidata do PSB, Marina Silva, tem agora potencial para ganhar a eleição presidencial no primeiro turno.
A percepção é de que uma eventual vitória de Marina e a implementação das propostas da candidata podem levar a cotação do dólar a R$ 2,15. Todavia, o cenário base dos analistas da Nomura é uma probabilidade de 70% de Marina ser eleita, mas apenas num eventual segundo turno.
“Acreditamos que Marina do PSB irá ultrapassar a presidente Dilma Rousseff na simulação de primeiro turno das pesquisas de intenção de voto e ampliará a sua já larga vantagem na simulação de segundo turno”, afirmaram os analistas da Nomura Tony Volpon e Benito Berber, em relatório a clientes.
Na nota, Volpon e Berber afirmam que Marina tem sido capaz de capturar o desejo por mudança, o qual se tornou evidente pela primeira vez durante os protestos populares do ano passado. “Desde então, cerca de 70% dos brasileiros, quando indagados, dizem que querem ver mudanças totais ou substanciais no modo como são governados”, argumenta a nota do Nomura.
Nos últimos meses, antes da morte trágica do ex-candidato Eduardo Campos, ressaltam os analistas da Nomura no relatório, o candidato do PSDB, Aécio Neves, estava ganhando gradativamente terreno frente à candidata do PT, Dilma Rousseff.
“Pensávamos que ele (Aécio) ganharia a eleição num segundo turno disputado”, disseram Volpon e Berber. “Todavia, sua posição política como um governador ‘eficiente’ não foi o bastante para conquistar um desejo mais profundo por mudança”, acrescentaram.
Para os analistas da Nomura, o programa de governo de Marina tem propostas para a economia que, se implementadas com sucesso, vão melhorar significativamente o arcabouço institucional do País, a exemplo da proposta que cria o conselho fiscal.
Num cenário de eleição da candidata do PSB e implementação das suas propostas, o câmbio deve apreciar. Na estimativa de Volpor e Berber, o dólar cairia ainda mais, batendo o patamar de R$ 2,15 até o final deste ano.
* Fábio Alves é jornalista do Broadcast ("O Estado de São Paulo")
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