O Sistema Eleitoral brasileiro é tido como um dos mais democráticos e avançados do mundo. Isso porque o processo de votação foi aperfeiçoado e as urnas eletrônicas praticamente reduziram a algo próximo a zero as possibilidades de manipulação dos resultados das eleições. Para se constatar essa afirmação, basta comparar nosso modelo com o norte-americano, país que se auto-denomina o baluarte da Democracia mundial: a eleição do republicano George Bush em 2.000 só aconteceu porque os resultados foram fraudados na Flórida, tirando do poder o Democrata Al Gore, grande esperança dos Ambientalistas. (vejam artigo em ELEIÇÃO ESTADUNIDENSE: TRADIÇÃO DE FRAUDE)
Mas vejamos se esse modelo brasileiro é, de fato, Democrático e justo. Desde que a democracia foi restaurada em 1985, depois de 31 anos de ditadura militar, as casas parlamentares foram, gradualmente, substituindo uma geração de grandes políticos, como Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda, Paulo Brossard, João Goulart, Jânio Quadros, Magalhães Pinto, Carvalho Pinto, Olavo Setúbal, entre tantos outros que, apesar de seus defeitos, eram capazes de travar memoráveis debates no Congresso Nacional. Em seu lugar, outro tanto de políticos oportunistas assumiu as tribunas.
Qual seria a causa dessa decadência moral e intelectual dos políticos brasileiros?
Proliferação de partidos políticos
São 30 os partidos registrados no TSE, a maioria sem nenhuma identidade ideológica, servindo apenas como "legendas de aluguel" para negociatas com o governo ou a oposição, em troca de benesses (cargos, dinheiro, participação em comissões, etc). É evidente que esses partidos não representam o pensamento político de nossas elites intelectuais. A ditadura militar criou dois partidos: o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e a ARENA (Aliança Renovadora Nacional)... o partido do "SIM" e o partido do "SIM, SENHOR"! Esses, por sua vez, foram se dilacerando e subdividindo na anarquia institucional que existe hoje.
Da ARENA surgiu o PDS, que virou PFL, que se transformou em DEMOCRATAS; dele surgiram as "divergências", partidos de aluguel, como o PP (Partido do Paulo "Maluf"), PR, PTC, PSC, PMN, PRP, PRTB, PHS, PSDC, PSL, PRB, PSD, partidos nanicos que apenas servem aos interesses de privilegiados do poder, ou são usados como peso fútil para mudar o "Fiel" da balança em favor de si mesmos.
Do MDB surgiu o PMDB, que se tornou o maior partido do Brasil e perdeu sua identidade, abdicou de suas pretensões à presidência da república em favor de interesses menores, manipulando qualquer partido que chegue ao cargo máximo em nosso país; em seu rastro, surgiram as "dissidências", pretensamente ideologizados, como o PT do Mensalão, o PTB, o PDT, o PCdoB neo-ruralista do traidor Aldo Rebelo, o PSB, o PSDB do FHC e dos liberais globalizantes, o PPS, o PV que não sabe o que é ambientalismo, o PTdoB, o PSTU, o PCB, o PCO e o PSOL, partidos que fragmentaram as tais "esquerdas" brasileiras, incapazes de comprovar seu comprometimento ideológico e sem condições de arregimentar um verdadeiro movimento de limpeza ética e de decência e moralização da política brasileira.
Bancadas sectaristas
Uma das estratégias mais eficientes para burlar os interesses nacionais, favorecendo setores minoritários da sociedade é a composição de grupelhos de tendências fascistas ou messiânicas, como a Bancada Ruralista e a Bancada Evangélica. Os latifundiários não representam mais de 1% da população brasileira ou mesmo da população rural de nosso país; no entanto, são capazes de forçar o fraco governo do PT a ceder a seus interesses e mudar o Código Florestal brasileiro, tido como um dos mais avançados do mundo, para, com isso, se livrarem das multas e da cadeia pelos crimes ambientais cometidos nos últimos 50 anos. Já os evangélicos conseguem manipular comissões e conduzir seus "bispos" ao poder, camuflando as falcatruas e crimes financeiros cometidos contra o Estado e contra a ingenuidade popular, à mercê de falsos profetas do apocalipse. É inadmissível que minorias que se consideram verdadeiras "castas" superiores, tais como os nazistas se achavam, sejam capazes de manipular as políticas públicas, colocando em risco as populações mais vulneráveis socialmente, e mesmo o destino de nossa Nação! E tudo isso com a conivência tácita da "presidenta" feminista e sectária, que sucumbe aos interesses das classes dominantes, traindo seu passado e seus companheiros de luta.
Sistema Jurídico falido
A morosidade dos ritos processuais e a tolerância do Poder Judiciário para os crimes de "colarinho branco" causam o descrédito da população na Justiça humana, favorecendo, inclusive, o crescimento alucinante das seitas evangélicas, símbolo da ignorância popular. O que se vê é que a Polícia Federal cumpre seu papel e desvenda crimes inacreditáveis, às barbas do governo e com sua participação, na maioria dos casos, prendendo políticos e "empresários" corruptos, enquanto a Justiça os solta, deixando-os em liberdade durante anos em que os processos se arrastam nas catacumbas dos processos jurídicos. Evidência clara dessa incompetência é o caso do Mensalão, que aconteceu entre 2002 e 2004 e somente agora está sendo julgado. Observamos a pantomima dos defensores e a pompa dos magistrados, pavoneando-se na tribuna, durante horas, para valorizar seus votos e justificar uma decisão que todo o povo brasileiro já teria tomado, de condenar essas safadezas. E mesmo assim, diante da "performance" de Levandowski, já se questiona se os principais mentores do Mensalão serão, de fato, punidos: Zé Dirceu, Delúbio, Genoíno, Silvinho, Válério & Cia.
Analfabetismo funcional
São duas vertentes da mesma montanha: políticos analfabetos e eleitorado ignorante! Quando vemos, com tristeza, a eleição de um palhaço (em ambos os sentidos) como o Tiririca, para a Câmara de Deputados Federais, nosso sentimento é de absoluta revolta, frustração e impotência... no que esse analfabeto funcional pode contribuir para a análise, a discussão e a aprovação de nossas leis? Já vimos tantas figuras burlescas como essa passarem pelo Congresso, que ficamos descrentes dessa "democracia de araque". Basta olhar para os "nomes de guerra" registrados no TSE para constatar que eles estão, na verdade, vilipendiando da inteligência nacional ("rindo na nossa cara", em expressão vulgar)!
A segunda vertente é a dos eleitores: como poderíamos esperar qualidade de políticos eleitos, se os próprios eleitores são, em sua maioria absoluta, analfabetos de fato ou funcionais? O Brasil que lê, que pensa e que contesta é uma minoria insignificante na imensidão de idiotas, que não sabem, sequer, o que acontece em sua própria cidade... o que dizer do país, do mundo, das questões cruciais que afetam, cada vez de forma mais crítica e alarmante os destinos da Humanidade? Sem querer ser elitista, mas admitindo que a Cultura é privilégio de poucos, como esperar que pessoas que mal sabem identificar o próprio nome nas listas eleitorais possam escolher nossos governantes, nossos legisladores e, por decorrência, os gestores da riqueza nacional, identificada pelos recursos naturais cada vez mais escassos e degradados?
Conclusão
Diante desse triste cenário, como acreditar que vivemos uma Democracia? Como esperar que, um belo dia, seremos um povo honesto, justo, digno e próspero? Como votar em um político, mesmo que, garimpando nesse lodo, se encontre algum digno de nosso voto, sabendo que a escolha se processa pela maioria numérica, e essa maioria é constituída de analfabetos funcionais? Para que desperdiçar nosso tempo e nosso voto, sabendo que prevalecerão os interesses econômicos escusos, de classes sociais privilegiadas, preocupadas apenas em acumular riquezas desonestamente conquistadas, à custa da miséria, da fome e da manutenção desse "status quo" convenientemente apático e ignaro?
Por isso, meu voto será nulo, assim como tem sido desde que o PT e o PSDB se emporcalharam em processos imundos de mensalões e alianças políticas espúrias!
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