Área de desmatamento em Santarém, no Pará. A destruição da floresta continua sendo uma das principais causas de emissões de gases estufa no Brasil. (© Daniel Beltrá / Greenpeace)
A Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou ontem que as emissões globais de dióxido de carbono pela queima de combustível fóssil aumentaram 3,2% em relação a 2010. Em 2011, o recorde de 31,6 gigatoneladas emitidas foi atingido - cada gigatonelada equivale a 1 milhão de toneladas - sendo a queima de carvão responsável por quase metade desse valor.
O cenário previsto pela Agência estabelece que ainda há chances de limitar o aumento da temperatura média global a 2OC, limite relativamente seguro de aquecimento médio da Terra, em relação a temperatura registrada em 1750. Mas para que isso aconteça, o pico máximo de emissões deve ser de 32,6 gigatoneladas e precisa ser alcançado, no máximo, até 2017.
Já estamos muito próximos desse limite. Esse é o momento de decidir como será o futuro das próximas gerações e o Brasil pode contribuir zerando o desmatamento na Amazônia até 2015. Dessa forma, a sexta maior economia mundial estará fazendo sua parte para diminuir o ritmo do aquecimento global e assegurar a biodiversidade e o uso responsável deste patrimônio para beneficiar a população local.
Você também pode nos ajudar a parar as motosserras que derrubam nossas florestas assinando a petição pela lei do desmatamento zero no Brasil. Outra mudança necessária é a forma como a energia é produzida e consumida no Brasil. A exploração em petróleo e gás, que contribuem para emissões de gases estufa, exigirá R$686 bilhões em investimentos entre 2011 e 2020. Esse valor poderia ser direcionado para a exploração do enorme potencial de energia eólica, solar e por biomassa, energias renováveis que contribuem para um Brasil mais verde e limpo.
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