No Nordeste existem 68 'Áreas Importantes para a Conservação das Aves' (Important Bird Areas – IBAS) das quais 50 estão situadas nos remanescentes de Mata Atlântica. Por isso, a SAVE Brasil e a Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (AMANE) consideram esta região prioritária para a conservação.
A formulação de políticas públicas que venham a estabelecer uma base de dados e um planejamento territorial dessas áreas é de grande relevância para a efetiva proteção da biodiversidade endêmica e ameaçada da Mata Atlântica do Nordeste.
Desde 2005 a SAVE Brasil e a AMANE têm implementado projetos integrados de conservação e uso sustentável da biodiversidade em duas regiões prioritárias para a conservação de aves na região Nordeste, o Complexo Florestal de Murici, em Alagoas e a Serra do Urubu, em Pernambuco. Esses projetos buscam articular atividades de mobilização e educação socioambiental, apoio às comunidades moradoras dos fragmentos florestais na busca de melhoria da qualidade de vida com ações de conservação em áreas protegidas.
Em cada uma dessas áreas as duas organizações mantêm um Centro de Educação para Conservação da Biodiversidade, espaços de uso múltiplo voltados à educação socioambiental e apoio às atividades realizadas nas regiões, como reuniões do conselho gestor das Unidades de Conservação, capacitações e base física para pesquisadores.
Sobre o Projeto
O Projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste tem como objetivo contribuir para a formulação e implementação de políticas públicas efetivas para a conservação e restauração da Mata Atlântica do Nordeste através da definição do território do Corredor de Biodiversidade do Nordeste (CBNE), seu planejamento, zoneamento, monitoramento e implementação de ações piloto de conservação.
A definição de Corredores de Biodiversidade faz parte de uma estratégia de planejamento ambiental de paisagem, sendo um espaço geográfico estrategicamente destinado à conservação da biodiversidade em escala regional. Esta abordagem permite o diálogo e a integração das ações dos diversos atores envolvidos na conservação e recuperação da Mata Atlântica do Nordeste, visando otimizar recursos e resultados para a conservação e uso sustentável da biodiversidade.
Principais objetivos do projeto
• Articular atores regionais e estabelecer um Conselho Gestor do Corredor Nordeste
• Realizar diagnóstico e definir o território do Corredor da Mata Atlântica do Nordeste
• Fazer planejamento e zoneamento do Corredor Nordeste
• Elaborar e concretizar um sistema participativo de monitoria em áreas prioritárias
• Implementar ações piloto de conservação nos Complexos Florestais de Serra do Urubu/PE e Murici/AL
• Elaborar um sistema de comunicação
• Realizar diagnóstico e definir o território do Corredor da Mata Atlântica do Nordeste
• Fazer planejamento e zoneamento do Corredor Nordeste
• Elaborar e concretizar um sistema participativo de monitoria em áreas prioritárias
• Implementar ações piloto de conservação nos Complexos Florestais de Serra do Urubu/PE e Murici/AL
• Elaborar um sistema de comunicação
1° Seminário do Projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste promove formação de conselho gestor
Em 26 de abril de 2011, foi realizado o 1° Seminário do projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste que teve como objetivo apresentar o projeto, instalar um conselho gestor, definir plano de monitoria e discutir a metodologia para a definição do território do Corredor.
O Projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste prevê a realização de reuniões, encontros e seminários com a participação das organizações proponentes do projeto, AMANE, SAVE Brasil, PDA/MMA, demais parceiros e atores locais envolvidos na ação, com o objetivo de implementar a sua gestão de maneira participativa.
Nesse encontro, estiveram presentes gestores de unidades de conservação da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Ao todo foram 18 organizações que participaram do seminário, dentre órgãos estaduais e federais de meio ambiente, representante do setor sucroalcooleiro e organizações não governamentais.
Foi apresentado inicialmente o escopo do projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste, em seguida, as atividades em andamento, como a formação do banco de dados e ações piloto em desenvolvimento na Serra do Urubu/PE e Murici/AL.
Foi apresentado inicialmente o escopo do projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste, em seguida, as atividades em andamento, como a formação do banco de dados e ações piloto em desenvolvimento na Serra do Urubu/PE e Murici/AL.
O consultor em geoprocessamento, Mateus Dantas, da Green Hill, apresentou a metodologia para a criação de um banco de dados biológico e geográfico para o Corredor do Nordeste.
O diretor do Programa para a Mata Atlântica da Conservação Internacional, Luiz Paulo Pinto, ressaltou a necessidade de integração entre as unidades de conservação (UCs) e diferenciou corredor de biodiversidade de corredor ecológico.
Luiz Paulo falou também sobre o processo de planejamento, apresentando modelos esquemáticos e apontando instrumentos necessários para a implementação de um Corredor, como, por exemplo, a necessidade de mobilização, parcerias, comunicação, educação ambiental, construção de capacidade técnica institucional local e regional.
Após essas explanações, os participantes foram divididos em grupos de trabalho para discutir, propor metodologias e responder as seguintes perguntas: 1. Qual a expectativa do grupo diante da definição do corredor da biodiversidade? 2. Quais critérios podem ser considerados na definição dos corredores? 3. Como essa definição irá contribuir na proteção, recuperação, gestão da biodiversidade da Mata Atlântica do Nordeste? Em seguida houve a apresentação dos grupos e discussão dos resultados. Os principais critérios sugeridos pelo grupo para a definição do Corredor foram os limites da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, as IBAS (Important Bird Areas), as KBAs (Key Biodiversity Areas), Mapas Brejos de Altitude, Fragmentos Florestais com mais de 10ha e a Lei da Mata Atlântica.
O Seminário foi concluído com a proposta de instalação e normatização do funcionamento do conselho gestor com pelo menos um candidato por estado. Foi definido um plano de monitoramento do projeto, a ser construído de maneira participativa junto ao conselho gestor. Cada participante contribuiu sugerindo nomes, organizações, instituições que pudessem compor de forma representativa o conselho gestor do Corredor da Mata Atlântica do Nordeste. Os candidatos a conselheiros ficaram responsáveis por fazer a articulação e mobilização em seu estado.
Luiz Paulo falou também sobre o processo de planejamento, apresentando modelos esquemáticos e apontando instrumentos necessários para a implementação de um Corredor, como, por exemplo, a necessidade de mobilização, parcerias, comunicação, educação ambiental, construção de capacidade técnica institucional local e regional.
Após essas explanações, os participantes foram divididos em grupos de trabalho para discutir, propor metodologias e responder as seguintes perguntas: 1. Qual a expectativa do grupo diante da definição do corredor da biodiversidade? 2. Quais critérios podem ser considerados na definição dos corredores? 3. Como essa definição irá contribuir na proteção, recuperação, gestão da biodiversidade da Mata Atlântica do Nordeste? Em seguida houve a apresentação dos grupos e discussão dos resultados. Os principais critérios sugeridos pelo grupo para a definição do Corredor foram os limites da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, as IBAS (Important Bird Areas), as KBAs (Key Biodiversity Areas), Mapas Brejos de Altitude, Fragmentos Florestais com mais de 10ha e a Lei da Mata Atlântica.
O Seminário foi concluído com a proposta de instalação e normatização do funcionamento do conselho gestor com pelo menos um candidato por estado. Foi definido um plano de monitoramento do projeto, a ser construído de maneira participativa junto ao conselho gestor. Cada participante contribuiu sugerindo nomes, organizações, instituições que pudessem compor de forma representativa o conselho gestor do Corredor da Mata Atlântica do Nordeste. Os candidatos a conselheiros ficaram responsáveis por fazer a articulação e mobilização em seu estado.
2° Seminário do projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste promoveu a troca de experiências e buscou definir limites territoriais para impulsionar estratégias de conservação
No dia em 31 de agosto de 2011, em Olinda/PE aconteceu o 2º Seminário do projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste, 38 pessoas representantes de 19 instituições estiveram presentes. O evento teve como objetivos: promover o intercâmbio de experiências com outros dois projetos em andamento sobre Corredores no âmbito dos Projetos Demonstrativos do Ministério do Meio Ambiente (PDA/MMA); reunir o conselho gestor para apresentar, discutir, monitorar o andamento do projeto e estabelecer diretrizes para a definição dos limites do Corredor.
Na primeira parte do encontro, a AMANE, a SAVE Brasil, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e o Instituto Maytenus para o Desenvolvimento da Agricultura Sustentável apresentaram seus projetos expondo os resultados e desafios enfrentados, o que possibilitou a troca de experiências e a avaliação das estratégias utilizadas na implementação de corredores em diferentes regiões do país.
Na primeira parte do encontro, a AMANE, a SAVE Brasil, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e o Instituto Maytenus para o Desenvolvimento da Agricultura Sustentável apresentaram seus projetos expondo os resultados e desafios enfrentados, o que possibilitou a troca de experiências e a avaliação das estratégias utilizadas na implementação de corredores em diferentes regiões do país.
A bióloga Dailey Fisher, da SPVS (Curitiba-PR), falou sobre o “Corredor das Araucárias”. Jair Pelegrin, do Instituto Maytenus para o Desenvolvimento da Agricultura Sustentável (Toledo-PR), apresentou o projeto “Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná”. Bruno Paes, coordenador técnico da AMANE, apresentou o projeto “Corredor da Mata Atlântica do Nordeste”.
O Conselho Gestor do projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste é a instância de acompanhamento, suporte e validação do projeto, coordenado pela SAVE Brasil em parceria com a AMANE e outras organizações, tendo o apoio do PDA/MMA.
Espera-se que o Conselho Gestor funcione como instância de apoio e articulação entre os órgãos governamentais, as organizações não governamentais, a comunidade científica, moradores locais e empresários conservacionistas, em cada Estado abrangido pelo projeto (Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia).
Para o conselho gestor foi apresentado o estado atual do Banco de Dados do Corredor, pela empresa consultora Green Hill e a primeira proposta de sua delimitação. Em seguida foram compostos grupos de trabalho sob a coordenação da consultora Nira Fialho, que acompanhou a discussão dos grupos, finalizando com a definição de critérios que devem orientar o desenho do Corredor.
Em seguida, Nira Fialho conduziu a discussão sobre o sistema de monitoramento do projeto, apresentando um plano preliminar já tratado em seminário anterior. O grupo discutiu em plenária a condução do sistema, apresentando proposta de simplificação do seu procedimento. Como principal resultado deste seminário está em andamento a proposição de 11 Corredores Ecológicos inseridos no Corredor da Biodiversidade.
Fonte: AMANE - Associação para Proteção da Mata Atlântica do Nordeste
Fonte: AMANE - Associação para Proteção da Mata Atlântica do Nordeste
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