06/06/2012 - Fonte: Instituto Carbono Brasil
Relatório do Greenpeace mostra como o maior frigorífico do mundo é incapaz de provar que seu produto é livre de desmatamento
Curral do frigorífico JBS em Vilhena, Rondônia (Fabiano Accorsi) |
Três anos depois de assinar um compromisso público prometendo tirar novos desmatamentos da Amazônia de sua cadeia de produção, a maior empresa de carne do mundo, a brasileira JBS, não dá provas de cumprir com sua palavra. Da mesma forma, também não garante que seus fornecedores na região não usam trabalho escravo e não invadiram Terras Indígenas e unidades de conservação.
Grandes clientes da JBS na Europa, como Clarks, Ikea, Princess, Sainsbury’s, Asda, Adidas, Tesco e a gigante de alimentos Sligro Food Group, já informaram à empresa que cancelaram ou não vão mais renovar seus contratos. As empresas afirmam que são contra o desmatamento da Amazônia e que só querem fazer parte de uma cadeia da qual tenham certeza que está livre da destruição da floresta.
As multinacionais alegam que só voltarão a negociar com a JBS depois que ela honrar o compromisso de forma transparente e passível de ser monitorada. “Estamos aguardando as novas diretrizes da JBS para atingir a meta do desmatamento zero. Até que isso aconteça, nós suspendemos a negociação de novos contratos”, afirmou a Princess em nota.
Além de ser a maior empresa de carnes do mundo, a JBS é o maior frigorífico em operação na região da Amazônia Legal, com 30 unidades de abate. Mesmo assim, suas operações continuam às escuras. A ausência de transparência da JBS fica clara em um relatório divulgado hoje pelo Greenpeace, fruto do acompanhamento do trabalho da empresa por 18 meses.
O relatório “JBS – Reprovada: Como a maior empresa de carnes do planeta continua massacrando a Amazônia” mostra como fazendas irregulares na Amazônia fornecem seu gado aos matadouros da JBS, que, por sua vez, vende a carne do abate a empresas de processamento. Dessa forma, produtos derivados de carne de procedência duvidosa chegam às prateleiras dos supermercados em todo o mundo.
Governo cúmplice no desmatamento
Enquanto o setor empresarial adequa suas práticas para não associar suas marcas ao desmatamento da Amazônia, o governo brasileiro, ao contrário, financia ações que retiram a proteção das florestas.
Por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o governo brasileiro ainda investiu na JBS e ajudou a torná-la a maior fornecedora de carne e couro no mundo. Depois de uma injeção de R$ 3,24 bilhões em junho do ano passado, o BNDES agora controla 31,4% da empresa, investimento que torna o governo brasileiro sócio da JBS no desmatamento.
“Além de permitir o massacre do Código Florestal, o governo é ele próprio sócio do desmatamento e de violações de direitos humanos na Amazônia”, disse Muggiati. “Quando o retrocesso é fruto do descaso de quem deveria zelar pela lei, só resta à sociedade civil assumir o papel de proteger o meio ambiente, com iniciativas como o Desmatamento Zero.”
Em março, o Greenpeace e outras organizações lançaram uma campanha por um projeto de lei de iniciativa popular, nos moldes do Ficha Limpa, para zerar o desmatamento no Brasil. Com 1,4 milhão de assinaturas, será possível encaminhar ao Congresso Nacional a proposta do Desmatamento Zero. A campanha já soma mais de 310 mil assinaturas. Para participar,clique aqui.
Grandes clientes da JBS na Europa, como Clarks, Ikea, Princess, Sainsbury’s, Asda, Adidas, Tesco e a gigante de alimentos Sligro Food Group, já informaram à empresa que cancelaram ou não vão mais renovar seus contratos. As empresas afirmam que são contra o desmatamento da Amazônia e que só querem fazer parte de uma cadeia da qual tenham certeza que está livre da destruição da floresta.
As multinacionais alegam que só voltarão a negociar com a JBS depois que ela honrar o compromisso de forma transparente e passível de ser monitorada. “Estamos aguardando as novas diretrizes da JBS para atingir a meta do desmatamento zero. Até que isso aconteça, nós suspendemos a negociação de novos contratos”, afirmou a Princess em nota.
Além de ser a maior empresa de carnes do mundo, a JBS é o maior frigorífico em operação na região da Amazônia Legal, com 30 unidades de abate. Mesmo assim, suas operações continuam às escuras. A ausência de transparência da JBS fica clara em um relatório divulgado hoje pelo Greenpeace, fruto do acompanhamento do trabalho da empresa por 18 meses.
O relatório “JBS – Reprovada: Como a maior empresa de carnes do planeta continua massacrando a Amazônia” mostra como fazendas irregulares na Amazônia fornecem seu gado aos matadouros da JBS, que, por sua vez, vende a carne do abate a empresas de processamento. Dessa forma, produtos derivados de carne de procedência duvidosa chegam às prateleiras dos supermercados em todo o mundo.
Governo cúmplice no desmatamento
Enquanto o setor empresarial adequa suas práticas para não associar suas marcas ao desmatamento da Amazônia, o governo brasileiro, ao contrário, financia ações que retiram a proteção das florestas.
Por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o governo brasileiro ainda investiu na JBS e ajudou a torná-la a maior fornecedora de carne e couro no mundo. Depois de uma injeção de R$ 3,24 bilhões em junho do ano passado, o BNDES agora controla 31,4% da empresa, investimento que torna o governo brasileiro sócio da JBS no desmatamento.
“Além de permitir o massacre do Código Florestal, o governo é ele próprio sócio do desmatamento e de violações de direitos humanos na Amazônia”, disse Muggiati. “Quando o retrocesso é fruto do descaso de quem deveria zelar pela lei, só resta à sociedade civil assumir o papel de proteger o meio ambiente, com iniciativas como o Desmatamento Zero.”
Em março, o Greenpeace e outras organizações lançaram uma campanha por um projeto de lei de iniciativa popular, nos moldes do Ficha Limpa, para zerar o desmatamento no Brasil. Com 1,4 milhão de assinaturas, será possível encaminhar ao Congresso Nacional a proposta do Desmatamento Zero. A campanha já soma mais de 310 mil assinaturas. Para participar,clique aqui.
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