MOSCOU - O Serviço de Inspeção Agrícola e Criação de Gado (SIAG) da Rússia confirmou que já está valendo a partir desta quarta-feira, 2, a proibição de importações de carnes suína e bovina do Brasil.
São dez frigoríficos com restrições, nove de carne bovina (seis da JBS*, dois da Minerva e um da Marfrig) e um de carne suína, o Pamplona (Riosulense), em Santa Catarina.
Eles estão proibidos de fornecer para o mercado da União Aduaneira (UA), formada por Rússia, Belarus e Cazaquistão.
A decisão foi tomada depois da inspeção realizada por veterinários russos em 18 empresas brasileiras. Foram constatados "descumprimentos generalizados e alguns particulares" das normas sanitárias da UA na maioria delas, segundo comunicado do SIAG.
As inspeções teriam revelado a presença de ractopamina. Adicionada à ração, a ractopamina aumenta a massa muscular e faz com que os animais cresçam com menos gordura. Médicos acreditam que a substância pode provocar doenças, e por isso o aditivo é proibido em 80 países.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Vargas, disse, por meio de comunicado, que "não há nada factual de violação sanitária - presença de qualquer resíduo - na carne suína brasileira exportada para a Rússia".

As análises de laboratório são feitas pelas empresas e pelo governo brasileiro. A Rússia argumenta que, pelo fato de o número de análises oficiais ainda ser menor do que o exigido por Moscou, existe o risco de serem encontrados resíduos.
Na semana passada, dia 25 de setembro, o Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) impôs restrição temporária à importação.
Vargas salientou que apenas quatro unidades do País estão habilitadas a exportar para a Rússia e, destas, agora apenas três, uma vez que, na semana passada, o Pamplona foi suspenso, juntamente com outros nove frigoríficos de carne bovina.
Fonte: Jornal "O Estado de São Paulo"
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