quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O PETISMO TEM CURA?

Culto à personalidade: tradição nos regimes socialistas (na foto, Maduro e Dilma exibem seu ídolo morto, Hugo Chávez)
Depois dessa última eleição, e dos inacreditáveis resultados da campanha de calúnia, difamação e mentiras dos petistas, passei a confabular comigo mesmo, como qualquer ser humano "normal" faria, diante de tamanha ignomínia. O que levaria pessoas, aparentemente normais, a uma idolatria tão severa, afinal?

Como eu também já fui petista, e oPTei pelo partido que prometia a Ética, a Justiça e a busca pela Igualdade Social, primeiramente observei, em meu comportamento, o que me levou a escapar da tirania ideológica do petismo. Finalmente, cheguei às seguintes conclusões:

Como qualquer enfermidade infecto-contagiosa, o petismo, em sua origem, e enquanto ainda não atingiu seu ápice de devastação moral, tem grandes possibilidades de cura. Essa doença ataca, preferencialmente, dois órgãos vitais: o coração, onde, ao se instalar, causa a perda irremediável da lucidez intelectual, tornando seu portador abestalhado e convicto de que esse partido pode substituir todas as religiões de fanáticos fundamentalistas; e o cérebro, neutralizando a capacidade intelectual de discernir entre o "certo" e o "errado", causando uma confusão mental irreversível, que o acompanhará até o fim de seus dias.

Como identificar os estágios da doença?

A primeira fase, conhecida por aliciamento, dura alguns anos, e não apresenta significativos desvios de conduta ou outra reação qualquer de sectarismo político e social. Nesta fase, o indivíduo contagiado começa a compreender a doutrina do partido e, mesmo se surpreendendo com a incoerência entre a teoria e a prática, ainda imagina que o erro está em si mesmo, e não nas poderosas hostes do partido. A tendência natural é permanecer contaminado, rejeitando os argumentos lógicos de seu próprio cérebro, que trazem a suspeita de que foi ludibriado. Porém, como ainda espera ver seu partido evoluir, permanece fiel.

A segunda fase, conhecida por exaltação, é o momento crucial, em que os sentidos racionais cedem lugar ao petismo radical, principal sintoma de seus portadores. Nesta fase, o indivíduo contagiado deixa de reagir aos sinais de sua inteligência e se comporta como um autômato, respondendo mecanicamente às palavras de ordem da Grande Fraternidade Vermelha do Capitalismo Petista. Absorve todas argumentações que deverá usar em defesa de sua nova religião, chegando mesmo a oferecer sua vida em defesa do partido. São raros os casos de reversão da doença, mesmo sob tratamento psicológico profundo.

A terceira fase, conhecida por metástase, é a etapa aguda da enfermidade, trazendo alucinações e comportamento incompreensível diante de fatos (sintomas) que são evidentes para todos, menos para os portadores da doença. É também a fase da militância cega, quando quaisquer comportamentos podem ser justificados pelo objetivo final do petismo, que é o de perpetuar-se no poder, rejeitando qualquer oposição à sua lógica deformada. Suas atitudes escandalizam àqueles que têm Princípios e Valores Sociais, Éticos e Morais.

A quarta fase da doença é a terminal: os métodos de cura tradicionais já não fazem efeito para o organismo contaminado, e ele atribui todas as ideias contrárias ao petismo, à ignorância de seus inimigos capitalistas, mesmo que eles não sejam, de fato, inimigos. Nesta fase, diante da inevitabilidade do fim, o petista recorre a símbolos, frases de efeito, slogans e ideologias esdrúxulas que possam justificar sua paranoia irresponsável. Esta é a fase do lulopetismo bolivariano: é irreversível e perigosa, pois seus adeptos infectados se permitem atribuir, a si mesmos, a sensação de um poder supremo, um quase-deus onipotente e onipresente, que se permite condutas criminosas, apropriando-se, inclusive, de recursos desviados de instituições públicas, em nome da revolução socialista e de objetivos totalitários, típicos de republiquetas latino-americanas, com o propósito explícito de implantar a ditadura do proletariado, pregada por Marx. Mesmo diante do fracasso de seus propósitos, ainda insiste em perseverar, travestindo-se de condutas que sempre rejeitou "por princípio", e sempre as atribuiu às classes privilegiadas.

Se a cura ainda é possível na primeira fase, nas demais ela se torna improvável, até porque tais indivíduos se recusam a aceitar que estão doentes e necessitam de cuidados urgentes. Agem como tresloucados, fazendo acusações infundadas e brandindo os punhos como os nazistas e fascistas faziam diante de seu inimigo. Esse comportamento foi constatado nas portas da Papuda, quando alguns seres contaminados foram levados ao isolamento para evitar que a transmissão da doença se propagasse para zonas protegidas da sociedade.

Petismo tem cura? Creio que não. Principalmente porque, enquanto a doença ainda não atingiu órgãos vitais, os contaminados terminais ofuscam a visão de seus novos adeptos, impedindo-os de ver a realidade que se manifesta ao seu redor. Assim como os vícios mais letais, das drogas, o petismo é uma praga medieval que se espalhou por todos os rincões de nossa Nação, em particular os bolsões de pobreza, que não têm acesso às informações, e não estão habilitados a raciocinar com a clareza dos seres mais qualificados intelectualmente.

Nossa única esperança é que um esquadrão de intelectuais, verdadeiros e não contaminados, constituam um exército de defensores da Democracia e dos Valores primordiais de nossa sociedade, contrapondo-se aos fanáticos e aloprados lulopetistas. Caso contrário, estaremos imersos nas profundezas do delírio e da corrupção. Assim como as Mudanças Climáticas são inevitáveis e devemos reduzir, imediatamente, a emissão de carbono e nossa pegada ecológica sobre nossos caminhos terrestres, precisamos, urgentemente, extirpar essa moléstia de nosso povo, restaurando a Razão e o Bom Senso, atributos que nunca fizeram parte do ideário lulopetista bolivariano.

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